Friday, May 27, 2011

way up high or down low

Saio de casa, não olho para trás. Desenho um mapa só meu, onde os caminhos são incertos, os atalhos que escolho são longos. Cada pegada que meus pés marcam  no chão, soa como afirmação. Passei por aqui. Meus pés voam. Flutuam sobre a estrada de um futuro tão incerto, que persegue minha liberdade e minha indiferença.
Percorro as janelas de um vagão solitário de previsões; incerto e quieto.




As janelas que a alma desconhece.


Corro mundo afora procurando por algo que desconheço. O infinito na ponta dos dedos e ferocidade no olhar. Encontrar importância naquilo que vocês vêem é vil, eu quero é o que realmente importa. Saí para ser alguém novo em algum lugar qualquer; sem nome, idade e identidade. Ser novo. Saí do confortável com o propósito de descobrir, ver, realmente, a consistência e o gosto da vida.
Vou à busca de um tempo que não pertenço; tempo esse que não é meu. Busco conhecer-me. Saber de longe qual o meu cheiro, minha essência; meus jeitos, minhas manias. Conhecer o que sou, não esquecer o que fui.
Quero maturidade, quero que minha casa seja onde quer que eu esteja.
Não só busco, como almejo ir longe. Para longe; com a vista dilatada pela real dimensão de um mundo tão pequeno no livros. Um universo vasto. Um futuro não tão distante assim.

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