Monday, November 26, 2012

Dobra no horizonte o que um dia já foi meu

Wednesday, November 21, 2012

carpe diem

Agem como se o fim não tivesse fim; 
como se o dia perpetuasse até que lhes fosse
 impossível mais aproveitá-lo. 
Com o prazer quase indecente em estarem vivos
sobressaindo-lhes o corpo em que habitam
Levam a esperança no bolso
e um universo inteiro no olhar.
Brincando e rodando e vivendo e amando
e voando e sendo e sonhando
 E carpediando por aí.



Saturday, November 10, 2012

And it was not your fault, but mine

Sei de muita coisa quando, ao certo, apenas sei de nada. Sei da incerteza absoluta que se aloja dentro de mim. Sei do meu orgulho e que não é fácil eu falar e expor-me a qualquer um, a quem não confio. Sei que critico a mim como ninguém jamais será capaz, mas ouvir minhas próprias cobranças da boca de quem sequer me conhece, ah, isso foi delicado. Abrir-me com um mero desconhecido fora uma das coisas mais assustadoras e desafiantes que eu jamais fizera. Além de saber que descofio até daqueles que parecem ser dignos de alguma confiança, e que, melhor ainda posso dizer que tenho uma sina com aquelas pessoas que criam algo ao instigarem curiosidade em mim, sei que esses ao instigarem-me, ao fazerem-me descobri-las e conhecê-las e entendê-las como não se faz em alguns minuto apenas. Gosto daqueles que, em especial, deixam-me fazer parte deles pouco a pouco. De parcela em parcela. E ai está uma das pequenas belezas da vida. Sou grata pelos que permitem com que eu lhes ofereça alguma pequena parte de mim. Mais grata ainda sou àqueles que abraçam a mim como uma causa. E grata sou por aqueles que se dividem comigo.De meu orgulho sei bem; sou orgulhosa e admito. Teimosa, então, nem se fala.. Mas sou alguém que vale a pena depositar todas as fichas e confianças e valho o esforço que é tentar conhecer-me. Posso jurar. Se as sublimes marcas que tenho cravadas em mim como memórias querem dizer algo, elas pedem. Mas não somente pedem, elas clamam. Elas suplicam por algo que deixe-me alheia à solidão nem que por poucos segunos. Algo grandioso.
E às cinco da manhã de algum dia de novembro, tenho poucas certezas. E isso me assuta. Sei da dor que sinto, que senti e virei a sentir. E melhor ainda sei o que vale um sorriso, uma noite melancólica em um dia dentre esses trezentos e sessenta e cinco, uma lágrima, horas de conversa ou reclamações sem fim. E sei dos erros, das infelicidades, dos fatos, dos acertos e paixões que a vida me proporcionou no tempo que vivo para contar história. Sei que tenho um longo caminho pela frente. O tanto que ainda tenho a aprender com a vida e sobre ela e as pessoas e a magia em viver. A magia em se permitir coisas que não se permitia antes. Sei da beleza em descobrir em mim uma fragilidade ao deixar-me ser vulnerável, porém, não sei se sou forte o bastante para aguentar o tamanho fardo sobre meus ombros da vulnerabilidade em si. Mas sei que posso tentar. E nas esquinas que a vida apresenta novas oportunidades, serei melhor do que fui ontem. Dentre os becos e estradas de chão tortuosas, encontrarei o melhor de mim, talvez nos olhos de alguém que veja algo na vida que valha a pena. Talvez nos olhos de alguém que veja algo em mim que valha a pena. Talvez eu seja feliz, talvez não. Talvez eu encontre um amor, talvez não. Talvez eu me encontre a decifrar-me em frases ambíguas pelo resto da minha vida. Talvez eu esteja entre antônimos pelo resto da minha vida. Terei que escolher um lado, um rumo, uma alternativa. Talvez eu acerte, talvez não. Talvez eu erre feio. E de todas as palavras estonteantes que ouvi hoje -algumas delas ainda a ecoar no meu subconsciente -, concluo somente que nada é finito ou concreto ou cético ou tão difícil assim. Concluo que o único "algo" indelével nisso que chamamos de viver, é a mudança - constante, bela, simples. Concluo a necessidade em se permitir mais. Em eu me permitir mais. Permitir ser, estar, lembrar, sofrer, sorrir, sentir, e todos os verbos no infinitivo que se possa escrever. Deixar-me. Deixar-me viver e sobreviver. E de todas as conclusões que posso tirar, a única que consigo pensar concretamente vem entre aspas, "somos seres humanos em formação".
Vamos viver tudo o que há pra viver, vamos nos permitir.

Thursday, November 1, 2012

ML

São dias normais, em horas normais, com tudo o que há para haver de mais normal que as coisas majestosas acontecem e pessoas - mais que - especiais dão um passo e quando se vê, o caminho delas beira o seu também. Quando eu imaginaria cruzar com você nas ruas tortuosas dessa vida, não é mesmo? 
Já não lembro da primeira vez que a vi, que trocamos olhares ou sorrisos comuns dizendo "olá". Não lembro qual foi o primeiro assunto que conversamos, nosso primeiro café ou quando começamos a trocar confidências. Não lembro de nada disso, mas gostaria de ter guardado apenas um pouco disso para, hoje, onde nos encontramos, poder falá-las e lembrá-las com gosto. Mas sabe, como poderia eu imaginar que aquela garota tímida, de cabelos curtos e olhar seguro que eu sempre enxergava de longe, iria vir a ser uma das pessoas mais especiais que eu jamais viria a conhecer? Pois é.. As voltas que a vida dá.
Posso não lembrar aqueles detalhes, mas lembro de outros melhores. Sei que você adora azuis fortes e sempre comenta algo sobre eles, sei que adora ler mas não aguenta mais livros não-começados na sua estante; sei que ama a música e dela não consegue tirar um tempo. Sei da ância que tem com o futuro e com o que ele lhe aguarda, sei que não há nada que eu possa dizer que a acalmará quanto a essa incerteza, porém melhor ainda, e mais certa do que nunca, posso dizer que o futuro lhe reserva coisas incríveis. Sei que seu coração já passou por muito, mas também sei que não fora isso que a deixou guardar seu amor dentro de uma gaveta. Sei que gosta de café, mas se eu tomar muito você virá dizer que faz mal. Sei que escreve com a alma e que cada texto seu carrega um pedaço de si. Sei da alegria em tê-la assim pertinho de mim essa semana, e do meu orgulho ao ver a pessoa que você é. Sei que a você, devo um pouco do que sou. Sei de tudo isso e muito mais, sei que hoje é um dia muito especial, onde você completa dezenove primaveras. E com um sorriso no rosto, olhar tímido e cabelos agora longos, você os viverá com uma paixão irremediável. Mal posso esperar para abraçá-la e poder desejar-lhe um feliz aniversário, com tudo de melhor que o mundo pode lhe oferecer, e agradecê-la pelos anos, pelas felicidades, pelos sorrisos, pelas broncas e pelos ombros que tanto ficam a me apoiar. Comentam conosco o quanto nós duas parecemos ser irmãs, e não somente aquelas amigas-irmãs, mas irmãs de verdade - parafraseando alguém agora - daquelas que se amam sempre mas aí de repente se odeiam, e tão rapidamente como se odiaram, agora se amam novamente; estão sempre juntas e conseguem entender a outra apenas com o olhar. Tenho sorte em tê-la como irmã mais velha. Palavras sinceras de alguém que a quer muito bem.. Amo você.

(http://mundoderascunhos.blogspot.com.br/)