Tuesday, September 28, 2010

I am not your blowing wind

I lay down to only see the night passing by,
hear those old whisperers passing by my ears,
our desires, the destiny where we belonged was never there
and you did let it all go away..
away with your desguise.
With every lie, every broken promise,
every fake tear, every simple laughter.
Sometimes the stars think you should stay,
though they keep wishing that I won't make the same mistake again.
And our songs keep playing all day long
reminding me you are gone.
Your perfum impregnates into my nose
while all my clothes remain your jasmin smell.
You flew away with every testimony and dedication you have ever made.
But there are moments, when the night fades out,
where I remember those broken promises..
Though I rather not think of you,
rather believe you're just gone with the wind.
Blown your lie and the happy ending.
Someday, semehow, you were a (my) happy ending.
You were the sun while I was watching the waves sliding on the sand,
you were the silence I broke
the words I wrote, the love I once had, the song I sang, the moon that once glow.
Through it all I cannot simply forget your memory that is alive inside of me: your eyes.
As kind as thunder, as bright as the night,
as cold as the winter that sighs..
as delightful as the falling rain that cried.
All the memories are faded, all the words are gone.
Still..
It's in your eyes I'd like to stay.

Saturday, September 25, 2010

Estado De Graça

[...]
Também é bom que não venha tantas vezes quanto eu queria. Porque eu poderia habituar-me à felicidade - esqueci de dizer que em estado de graça se é muito feliz. Habituar-se à felicidade seria um perigo. Ficaríamos mais egoístas, porque as pessoas felizes o são, menos sensíveis à dor humana, não sentiríamos a necessidade de procurar ajudar os que precisam - tudo por termos na graça a compensação e o resumo da vida.
Não, mesmo se dependesse de mim, eu não queria ter com muita frequência o estado de graça. Seria como cair num vício, eu me tornaria contemplativa como os fumadores de ópio. E se aparecesse mais a miúdo, tenho certeza de que eu abusaria: passaria a querer viver permanentemente em graça. E isso representaria uma fuga imperdoável ao destino simplesmente humano, que é feito de luta e sofrimento e perplexidade e alegria menores.
[...]
Sai-se do estado de graça com o rosto liso, olhos abertos e pensativos e, embora não se tenha sorriso, é como se o corpo todo viesse de um sorriso suave. E sai-se melhor criatura do que se entrou. Experimentou-se alguma coisa que parece redimir a condição humana, embora ao mesmo tempo fiquem acentuado os estreitos limites dessa condição. E exatamente porque depois da graça a condição humana se revela na sua pobreza implorante, aprende-se a amar mais, a perdoar mais, a esperar mais. Passa-se a ter uma espécie de cofiança no sofrimento e em seus caminhos tantas vezes intoleráveis.
Há dias que são tão áridos e desértocos que eu daria anos de minha vida em troca de uns minutos de graça.

Clarice Lispector, (trechos do trecho de uma crônica).
Don't touch me, please
I cannot stand the way you tease.
I love you though you hurt me so.
Now I'm going to pack my things and go
Touch me baby, tainted love.

Once I ran to you,
now I'll run from you.
This tainted love you've given,
I give you all a boy could give you.
Take my tears and that's not nearly all.
Tainted love, tainted love,
tainted love, tainted love.

Tained Love, The Cure.

Thursday, September 23, 2010

deixa eu brincar de ser feliz

   Eu contava tempo. Achava distração em um ou outro quebra-cabeça. Eu era rosa. Eu era uma rosa. Pétalas rosas de rosa feita de papel envolviam-se em uma fantasia. Tinha também meus próprios espinhos.
   Estava lá à espera, junto ao cabelo de anjo adormecido. Olhos repletos de euforia controlada pelas quatro paredes ao meu redor. Pela janela, o mundo de fora era alegre.
   Algo pegou-me pela mão e saí a correr. Fui posta a correr. Não sei bem por quê. Saí pelo mundo correndo, correndo. Atônita. Perplexa. Desacreditada. A correr. Atravessei os confetes e gritos de carnaval. As serpentinas caíam sobre meus olhos e enroscavam-se em meu cabelo.
   Eu perdia minhas pétalas a medida que passava pela multidão. A fantasia dissolvia-se, a máscara caía. E não era mais rosa.
   A alegria dos outros espantava-me.
   A rosa acabou. Foi-se com sua doçura e seus espinhos.
   Foi-se a chance de não ser. A máscara está perdida.
   E eu corria. Corria para fugir da alegria estagnada atrás de mim. Todo carnaval tem seu fim.

(lá por 2003, 2004, talvez.)

Friday, September 17, 2010

you are here, then you're gone

  É como se o mundo parasse de rodar durante aqueles poucos segundos. As vozes se calam, os passos acabam, os destinos desfeitos. O vento não sopra, os olhares se esvaiam e o chão cai. A música espera.
  O sol não raia, a chuva não cai. O vôo do pássaro espera, o semáforo estagna. Em nada há indecisão.
  O bom senso desaparece, as ruas se calam.
  É então que seus olhos fixam-se nos meus e não há mais mundo. Você passa a sê-lo. Há tanta verdade em seu olhar que é até descrente. A serenidade paira no céu, juntando-se com as nuvens.
  O tempo não passa com o rodar do relógio.
  Então tudo volta. O mundo roda. O tempo corre. As vozes voltam a calar o silêncio, as pessoas continuam a andar, e os destinos seguidos novamente.  O vento sopra, os olhares fixam-se e o chão é de concreto. A música toca.
  O sol esquenta, a chuva cai. O pássaro voa, o semáforo está verde. A indecisão volta a ser desprezada pelos que a tem.
  Bom senso revive, as ruas criam-se.
  Seu sorriso passa pelo canto do meu olho enquanto olho para baixo. Levo assim de lado esse sorriso seu que provoca o riso meu. Volto a encarar o mundo com olhos de paixão. Carregando no sorriso o seu olhar, despreocupando-me do que é resto. Importante é somente parar o mundo novamente, com os olhos a transbordar pontos de interrogação.

Tuesday, September 14, 2010

Queda

   É quando meus olhos avistam o teu andar despreocupado, que eu desmorono. Mais um vez.
   Lembro das palavras que são, e de uma forma que sempre foram, mentira. Lembro da sensação de fixar-me em teu olhar e deslumbrar-me com um sorriso teu. Fui um brinquedo, que agora vaga solitário pelas ruas a procurar alguém para passar o dia.
   Sorriso o teu que faz o tempo parar, que faz com que eu volte ao passado, ao nosso passado. Que não é tão distante assim. Que pode voltar. Que me assombra em meus sonhos. Que me faz suspirar. 
   E assim eu caio. E recaio. E de novo.

Friday, September 10, 2010

substituível


Eu tenho alguém. Um outro alguém. É que você quem não enxerga isso. Quando você se foi, logo fiz questão de não dar motivo para a solidão consolidar-se ao meu lado. Olhei para o movimento entre as ruas paralelas a se encontrar, e você já não estava mais no meu mundo.
   Não difame a minha imagem. Não sinto culpa por querer ser feliz. Não sentirei resquícios remorso. Quero voltar a ter alegria em um sorriso espontâneo, coisa que de mim você tirou.
Arranjei quem sacia minha necessidade de ser feliz. Esse alguém está comigo quando sinto tanto a sua falta. Ah, maldita falta essa que você faz.
    Eu esperava não sentir a sua falta. Eu esperava não me arrepender de você.
  Todavia não mais isso importa. Tenho outros braços que acolhem minha cólera.
   Esse alguém que envolve-me no mais doce abraço, faz-me recordar que a solidão não sobressaiu-se.
   Amor, não vá pensando que seu lugar não está ocupado. Desde que você se fora, pude respirar sentindo o ar em mim entrar. Pude descansar o coração e sussurrar a ele que parasse de sonhar.
   Foi então que eu encontrei alguém, meu querido. Esse alguém com o nome de Saudade.

melody

Quero viver onde as ruas não tem nome. Quero poder andar à noite com preocupações na minha mente, esperando que a brisa de inverno leve-as consigo.
Quero poder não sentir nada por apenas um instante.
Quero poder saber o que fazer da vida, quero não ter que me preocupar com a hora que o relógio indica.
Esquecer das regras e das responsabilidades. Dar tempo ao tempo e não ter idade.
Jogar os cabelos para trás em sinal de libertação.

Saturday, September 4, 2010

you're Stephanie and I'm Paulette.

I miss you. I try so hard to forget about the loneliness around me. There are uncountable people surrounding myself, though I cannot avoid thinking that you are the one who's missing. I miss your voice. You're the missing piece of my heart, and yor place is still here, all alone. You are the reason I cry. Sometimes I think I am still waiting for you to hold me tight as no one ever did before. Sometimes I think everything will be exactly the same as it use to be. And suddenly the moment is over, and reality is back again.
I see you in the crowd, your smile makesmy eyes glow. I see you are covered of joy. For a moment it reminds me of the past and revives the possibility that you are still the same person I met a year ago.
The truth hits me, destroying the ilusion and then I get to see your changes. The way you laugh is not as real and chillike as it was somedays. I miss your touch. And the way you touch her is as cautious as when you talk about yourself. You do not love her, everyone knows, you also do. You will ever addimit it.
Your voice is my only addiction. I cannot spend a whole day without thinking of you, listening to you.
But I will leave here before gets late.
Extraordinary it is to remember what we were. Someday we will see eachother once again. Now I must not stay, otherwise I will do what my heart wants to.. Though is hardto leave, as you did, I will. Through the tears I left everything behind with you. My heart will stay under your protection. You don't aware of such.
At this point, trying to find the final words, I no longer am able to know of which one I am talking about.

are you mine?

Are you mine?
Are you mine?
Cause I stay here all the time
watching telly, drinking wine..
Who'd have known?
Who'd have known?
When you flash up on my phone I no longer feel alone,
No longer feel alone.

Who'd Have Known, Lily Allen.

Wednesday, September 1, 2010

do lado avesso

  Acordei com cólera. E hoje a ironia no olhar faz-me perder a cegueira de cada dia. Não, nada no mundo agrada a mim. O próprio amor, que carrega consigo a promessa de pureza e verdade, exige. Exige muito de quem usufrui dele. Tolos são os que vivem a acreditar que o amor se põe em quem se ama. Não, amor é mais. é subjetivo demais.
  E na vida? Vive-se. Morre-se. E sem explicação essa vida lhe é tirada. E sem sequer por quê essa vida também lhe é dada. E sem por quê, vive-se.
  A verdade é profunda e aguda demais para qualquer um merecê-la. Até que alguém a mereça. E não mentir é um dom que o mundo não merece.
  E pessoas, essas sim, que se dizem tão autônomas e escravas apenas da sua própria vontade, elas vivem como pequeninos soldados. Marcham, descansam quando podem. Vivem à mercê das decisões de outrem. Isso sim que é autonomia.
  Ter a obrigação de se educado é desprezível, viver à mercê, novamente. A sociedade cria regras que nem mesmo ela consegue respeitar. E isso, com o tempo, cria uma revolta que cresce no interior de cada um que vive a ser reprimido, e a reprimir-se.
  Tenho verdadeira repulsão de perguntas sobre meu humor. Sobre meu mau-humor. Ninguém, absolutamente, nota quando estou com um sorriso (às vezes até efusivo) estampado em meu rosto. De qualquer forma, qualquer humor que eu venha a ter não interessa a ninguém além de mim.
  Acordei em cólera. Levo isso na expressão do meu rosto.
  Como será possível um mundo inteiro estar sentado à espera de um milagre? Sendo que tal mágica não existe. Não no meu mundo, não na minha realidade. Seis bilhões de pessoas esperam. E com o barulho constante do relógio se desesperam. Pior: ainda carregam em si vestígios de esperança. Esperança de que algo seja feito por elas, sendo que somente elas poderão fazer isso por si mesmas. Sinto pena.
  Mentira. Não sinto pena ou misericórdia, parei de senti-las há um bom tempo. A auto-piedade é o desprezo da alma sobre si mesmo. Isso é inquietante e tão desnecessário.
  E cá estou sentada no meio-fio de uma calçada mal-acabada sob a luz do luar e das constelações salpicadas no breu da escuridão desse mar negro que deslumbra-me a cada olhar. O que faz-me lembrar do acaso. E as perguntas que tanto intrigam e agoniam, deixo finalmente de lado. Quando der, ele responderá.
  Há quem leia o que escrevi agora e demore a assimular o que digo. Há quem procure uma mensagem a ser extraída de tudo. Não a procure, pois ela não existe. Rebele-se, sim. Revolte-se, sim. Desbafe, assim como fiz há pouco e tantas outras vezes também. Eu faço isso sem querer uma lição em troca.
  Ato de descarregar tristeza, a sufocante amargura que trata de isolar meus pensamentos,  é desabafo. É esse pontinho de incômodo que até então era normal, que inquietou-se. Então, coloco o incômodo para fora, sem cerimônias.
  Sinto nas minhas lágrimas esse quê de inconformidade. E esse sorriso que agora transparece, é repleto de angústia e agonia. E tristeza completa a razão das minhas palavras e o dia ruim deixa isolado esse pequeno coração leviano.
  Amanhã talvez tudo volte a fazer sentido. Amanhã talvez o dia seja melhor. Amanhã talvez meu coração não seja tão leviano, frágil e completo por ingenuidade. Amanhã talvez o sentido da vida seja tirado de mim. Amanhã talvez o ontem faça falta. Amanhã, hoje será passado. Amanhã talvez eu não sinta tanto a sua falta.