Wednesday, September 30, 2009

forever and almost always.



Hoje à noite, quando o suspiro do vento assombra meus ouvidos e faz com que a cortina de meu quarto se mova como o alto mar em uma tempestade, eu penso. É a hora de paz no dia aonde tenho tempo para isso. Razão não se emprega em situações como essa. Só penso em ti, é inevitável, quase irreversível. Não quero sofrer de novo, não quero me ver magoada. Não quero chorar meras lágrimas por ti novamente. Quero que estar contigo seja sinônimo de alegria, felicidade, de esperança. Esperança de que nem tudo está acabado ainda, de que nem tudo está à beira do precipício.
Eu te vejo. Tão suavemente lindo, tão diferente, tão você. Influências parecem  gritar em meus ouvidos me dizendo o que fazer, o que pensar. Muitas vezes há coisas que entram em um ouvido e logo já saem pelo outro, já outros não. Tudo corre à favor de nós, da nossa felicidades. Juntos. Ao folhar uma inocente e aparentemente nova revista, lá está o meu horóscopo. Consta nele que devo parar de usar tanto o minha razão e agir mais com o coração. Mas lá não é citado nem por uma vez o quão é difícil ser magoada pela mesma pessoa tantas vezes. Ser decepcionada por quem você confia. Não poder mais ouvir certas músicas para não lembrar dela, não poder sentir o cheiro do seu perfume, sentir o aroma de suas favoritas especiarias culinárias, não poder sequer pensar por um instante. Tudo leva a você, é inevitável, quase viciante.
O simples fato de eu ser livre me leva a pensar em você. Eu ir às aulas, tocar violão, ouvir certas músicas, mesmo ao pegar a minha câmera para tirar novas fotos, tudo me lembra você. Tudo reforça o meu amor por você.
Esquecer não me parece uma resposta ou uma opção. Acho que realmente seguir o croação em uma hora tão difícil seria a decisão mais plausível a se tomar. O vento soprará a meu favor e te trará a mim em crises, assim como já fez antes. O inevitável acontecerá e não poderemos impedir. Por tanto tempo tentei me enganar, mas amores passados sempre voltam, não é mesmo? Sempre. Sim, por mais que eu negue e me negligencie por isso, eu te amo. Não poderei negar nem esconder. Só poderei aceitar, é a certa escolha a fazer.

the good kind


My strength became my weak point
A medicine won’t stop the pain
My name became ashamed
What can I do for it?
Crying and suffering more
This isn’t what I’ve planed
But I can’t just stop the rain from falling down
And to become a storm


A little castle is about to fall
But the wheatear is still warm
What did I plan for it?
To through all this madness
We’ll have to get through our souls and pride
Then we won’t fall for it
I promise you, my love. We won’t.

truth or consequence, say it loud.

Sou birrenta, teimosa, cabeça dura, cara-de-pau, mesmo. Já ralei meu joelho andando de bicicleta por ser orgulhosa demais para aceitar que estava apenas aprendendo a me equilibrar. Já quis cantar na frente de todos e desafinar como nunca pensei ser possível e só ver meus pais na platéia com um sorriso de orelha a orelha, com um orgulho que poderia preencher vidas e espaços impertinentes. Já falei o que não devia ter falado à pessoas que não mereciam tê-lo ouvido. Já fui grosseira, já tive a língua grande demais e usei palavras que não sabia o significado. Já fui magoada por pessoas que diziam me amar tanto, apreciar tanto a minha pessoa.. Já sofri.
Quando brinco de esconde-esconde tenho vontade de fazer xixi. Quando brinco de pega-pega fico brava se tenho que ajudar a pegar. Odeio ter minha opinião contrariada. Não gosto de fofocas. Sou a favor de que o mundo seja, algum dia, metade capitalista, metade socialista, para ter um equilíbrio.
Ainda aprenderei a tocar saxofone, ainda cantarei para uma multidão. Ainda conseguirei perdoar sem sentir ainda, no fundo, uma pequena e maldosa desconfiança. Ainda irei ao show dos Beatles. Ainda subirei em uma cadeira em plena preça pública e citarei Shakespeare.
Não sou muito mais nem muito menos. Não sou nada do que dizem por aí. Sou aparentemente alta para a minha idade, porém não crescerei mais. Tenho longos enrolados cabelos castanhos, mas que no verão ficam cor de mel, e até loiros. Tenho uma perna maior do que a outra. Sou ambiciosa, impertinente. Odeio pessoas que apenas reclamão e nada fazem.
Odeio o meu corpo. Gostaria de ser mais magra, mais bonita. Quero uma pele mais morena, um cabelo mais loiro. Queria saber pintar as minhas unhas da mão direita tão bem quando pinto às da mão esquerda. Quria ser ambidestra.
Sempre tive espelhos e pessoas a me espelhar. Não mudo nada o que sou agora, talvez um dia eu mude pelas circunstâncias. Tenho opinião própria, não sou flexível. Ninguém nunca fez com que eu mudasse de idéia. Não sou persuadível, sou intolerável à ignorâncias.
Sou insaciável, insolente. Qualquer coisa que falem sobre mim, é isso que eu não sou.
Sou uma amiga dura, que faz todos reconhecerem as consequências de seus atos. Eu passo a mão na cabeça ao ver uma amigo magoado. Dou úteis conselhos. Sou dura, compreensiva. Adoro aconselhar, conversar, ouvir. Prefiro não dar a minha opinião, apenas à pedidos.
Desde sempre quis cursar Direito. Sempre quis ajudar as pessoas. Odeio machucar alguém. Não acredito em carma, não acredito em inferno. Eu acredito em justiça.
Sonhos e flashs do futuro insistem em minha mente continuar aparecendo, voltando várias e várias outras vezes. Prefiro não relembrar o passado, porém não quero nunca esquecê-lo. Prefiro viver meu presente pesando o que faço, pesando o futuro. Acredito que cada um traça o seu destino, que cada um tem o controle sobre a sua própria vida. ma utopia talvez, ou um destino pré-traçado por mim. Um caminho a ser seguido, um livro a ser escrito, a noite à espera de seu amanhecer.


Tuesday, September 29, 2009

my funny valentine

My funny valentine, sweet comic valentine
You make me smile with my heart
Your looks are laughable, unphotographable
But you're my favourite work of art
Is your figure less than Greek?
Is your mouth a little weak?
When you open it to speak,
Are you smart ?
Don't change a hair for me
Not if you care for me
Stay little valentine, stay
Each day is Valentine's day.

My Funny Valentine, Matt Giraud.

Monday, September 28, 2009

na escuridão é tudo o que eu vejo.

Acordo, manhã de domingo, chuva forte, quase permanente. Você saiu do meu lado, aqui não permaneces mais. Deve ser você que está deixando esse cheiro de panquecas de chocolate na casa. Mas não pode ser, você é um péssimo cozinheiro. Teu perfume permanece em minha pele. Vou averiguar. Nada. Mesa não posta, cozinha bagunçada, como normalmente. Volto à cama para relembrar momentos de ontem à noite. Ah, tamanho poder de persuasão o seu, que me faz escalar montanhas, fazer o inesperado. Faz com que eu saiba o que é amar. As nuvens me lembram irreparavelmente as últimas horas de ontem, de momentos inesquecíveis nossos. Momentos que ficarão no nosso egoísmo mesmo, não quero dividí-los. Não mesmo. Um molde seu parece ser impossível de conseguir. Eu faria inúmeros, se pudesse, apenas para não esquecer o jeito como as linhas se ajeitam em teu corpo, em tua face.
Tu és meu poder, minha força maior. Quando fica difícil de viver a vida, é você que me dá forças, é em você que penso, é em você onde meus mais abstratos e penetrantes param e são salvos e coletados, e é nesse hora onde minha esperança é renovada, reforçada. É nessa hora em que quero viver mais infinitas manhãs de domingo ao teu lado.
De meus pensamentos sou tirada quando sua voz polida e forte me chama, me acorda de sonhos que poderiam não ter fim. Pode ser isso tudo o que eu preciso. De sombra, de pegar nossas roupas aconchegantes e passar devagarmente por aquela pequena cafeteria onde nos conhecemos para pegar um expresso, do mais forte, para você e um capuccino com espuma extra para mim.  Voltar para casa, deitar em nosso sofá verde, e sentirmos a pulsação um do outro, de tão próximos que estamos. Descansar os nossos ossos juntos com o do outro. Dirigir devagar, em uma manhã de domingo.
São três horas da tarde e precisamos fazer algo divertido. Teu perfume já penetrou em mim, tua voz já me fez desmoronar, o som de tua música já me fez suspirar. Parece que em domingos, em manhãs, em meio de rotinas desbravantes, nós voltamos à nossa menor idade e você faz as coisas parecerem tão fáceis, sem conseqüências, irrelevantes. Tudo parece tão fácil. Você acabou de ter uma idéia. Espere um minuto, repita? Tinta? Aonde temos tinta? Ah sim, no porão. Espere, não temos um porão. Vou procurar. Achei. Estavam no quarto de bagunça. Você faz desenhos com a minha mão na folha de papel. Pareces tão feliz, mas não tanto quanto eu, pois fazes a minha felicidade ir ao auge, ir além Isso me faz viajar em uma aquarela, em um sonho que poderia não ter fim. Infinitamente teus lábios penetram no meu, em uma manhã de domingo.
Voltamos a descansar na cama, apenas ouvindo blues e a chuva. Numa tempestade, oscilamos como galhos entrelaçados e inquebráveis. O barulho de tempestade. O barulho de uma tempestade que insiste em resistir.
Horas e horas se passam. A noite está chegando e nós não queremos saber. A manhã de domingo parece para sempre durar. Com certeza é apenas disso que preciso. Ficar com você em manhãs de domingos. Em nossos lençóis levar a nossa história, deixar nosso passado, traçar nosso futuro, nossas teorias, nossos fatos. Em uma manhã fazer com que o tempo de uma vida valha a pena e seja possível ser vivida, fazer a nossa vida ter um sentido desconhecido por outrem. Tudo o que eu preciso é te notar em meio dessa imensa escuridão e chuva que permanece nessa manhã de domingo.
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Palavras de agradecimento dedicadas à Laís, por ser essa pessoa tão sutilmente frágil, inteligente, decidida e indecisamente linda. É à ti que escrevo esse texto para perceberes que sem céu claro nem o sol enxerga e que nem sempre nós somos capazes de fazer tudo sozinhas.

Only You Can Let It In.


"Vendo pelo lado poético, para mim o amor é algo que nossa cabeça não escolhe, nosso coração apenas sente. O que é amor, afinal? É poesia. É arte do mundo vista pelos olhos de quem ama, de quem sente e de quem tem sensibilidade em não só ver pinceladas em uma tábua de madeira, mas em ver sentimentos representados com uma harmonia sólida, contornadas pelos sentimentos de quem o criou. Isso é amor. É ver com o coração, não com os olhos, pois todo o essencial é invisível aos olhos, como diz o autor de O Pequeno Príncipe, uma obra fantástica, essencial para o meu crescimento moral, intelectual e sentimental. Então ame e não se arrependa, ame para não se arrepender, ame para viver, ame para sentir, ame para ser feliz até o último de seus dias. Sinta o vento em sua pele, e ame até cansar de viver, pois ninguém pode sentir o amor por você, apenas você pode deixar ele entrar."
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Trecho de um antigo texto meu sobre o amor. Enjoy it.

endless history


História Sem Fim

A inspiração que brota
Do silêncio que permanece
Por entre portas e janelas
Os sonhos se esquecem.

Sonhos tão lindos, trágicos, belos
Por que é tão bom sonhar?
Viajar em um universo desconhecido
Andar em seu próprio mundinho
Sem medo de tropeçar.

Decidir quando, onde e quem
Cabe a eu decidir
Se minha escrita será rima ou prosa
Se vou querer fazer você rir.

O sonho de ser escritor
E de palavras manusear.
Tão simples parece
Um escritor me tornar.

Um papel, um lápis
Apenas isso basta
Para eu ser o que sou
Para eu ser feliz, completa.

Não se trata de entender fatos
Mas sim de criá-los
Teorias construídas em sua individualidade
Corações despedaçados em sua sanidade.

Não é muito que eu peço
Eu só quero ter a liberdade
De sempre poder escrever,
Pois sem isso não conseguirei viver.

É uma simples coincidência,
Uma utopia sem fim
Viver em um mundo de palavras,
De histórias que nunca têm fim.
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Escrevi esse texto para o concurso de Jornalista Por Um Dia para a minha aula de Produção Textual. Foi em uns 2 minutos e não gostei, mas anyway, tá aí.


Friday, September 25, 2009

um último suspiro.

Não consigo lembrar da última vez que lembrei do teu rosto sem ter que recorrer a uma foto antes. Não me lembro de tua voz, de como ela soa, de como ela é usada, de seu timbre, de sua suavidade. Tuas mãos parecem cada vez menos próximas das minhas e cada vez menos institivamente protetoras, como costumavam ser. Tenho plena consciência de que foi tudo muito rápido, tudo muito cedo, muito repentino. Mas ainda não me conformo como minha memória pode perder o que, pra mim, eram os monumentos mais preciosos e especiais para eu mesma poder ser curada. Para eu curar meus sentimentos falhados e meu coração desapontado, com tais fatos. 
Não sei.
Eu sei. Ninguém sabe. Todos sabem. Ninguém entende. Só se sabe depois que se perde, depois que voa para longe, depois que do seu lado repentinamente desaparece, para nunca mais voltar.
Medo. O medo de esquecer. De se conformar. De superar. De esquecer. Esquecer. O meu esquecimento pode ser inevitável. Irreparável até, como muitos dizem. Mas eu não aceito. O fato de eu não poder esquecer, por motivos óbvios, é grande demais. É gigante demais. É inexplorável esse medo. É hesitante. E tem até a sua virtude em meio de tudo.
Não sei se suportaria alguma outra perda. Não me vejo forte, não me vejo preparada. Mas o que realmente quero saber: quem realmente está? Há uma específica preparação para perdas irreparáveis? Sendo elas repentinas ou esperadas? Há algum remédio, alguma fórmula incrédula e fria para esquecimento de tais? Não que eu saiba.
O que mais pesa pra mim é o fato talvez da perda ter proporcionado um sentimento de culpa, remorço, de negligência por minha parte, mesmo sem culpa. Mesmo sem culpa. O que mais entristece e dói é o não dito, o não feito. Sendo, ou não, previsto, a cautela sempre terá que existir. O medo. Eu queria ter dito adeus. Eu queria dizer que a amo. Eu queria que ela soubesse disso. E o pior de tudo é que eu não posso afirmar nada. Só posso esperar e contar os segundos, aguardando uma mensagem afirmando que ela saiba. Eu imploro que ela saiba. Eu só posso ouvir de outrem as mesmas antigas frases que dizem que ela sabe tudo. Dizem que ela nunca esquecerá, que é inevitável, que é coisa de mãe. É coisa de mãe. Mas eu, em minha humildade, só queria dizer que a amo tanto. Mais do que qualquer outra. Não há nada que supere isso, que faça isso evaporar. Queria apenas em um suspiro, em um instante, um dia. Apenas dizer que a amo. Que a amo.


 

Thursday, September 24, 2009

percepções indescritíveis.


Um dia me contaram uma história sobre uma menina feliz, que tinha amigos, família, e irmãos que a amavam. Ela tinha uma pressão enorme em cima dela, apesar de ter muito. Não era uma pressão para que saísse de casa, para que fosse para a faculdade ou até mesmo que se tornasse alguém na vida. A pressão e o descontentamento vindos da família e parentes era que ela não se casara, assim que crescera. Mas ela não se importava com o que pensavam dela ou deixavam de pensar. Ela era feliz em sua própria monotonia. Ela estava sendo asfixiada em seu próprio lar. Ela era uma escritora. O fato de poder se expressar e colocar os seus sentimentos em palavras camufladas e em pensamentos e sentimentos proibidos e escondidos, a tornava cada vez mais feliz. Ela amava alguém sim, muito. Ele havia proposto casar-se com ela, ela aceitara. Ela, dias depois, negara. O por que ninguém sabe, e acho que ninguém nunca saberá. A não ser que vestígios foram deixados em milhares de letras em algum de seus livros. Quem sabe?
Ela era uma mulher forte sim, de razão, opinião e personalidades formadas. Ela nunca escreveu sobre um herói, ou algum homem. Eles eram sempre coadjuvantes. Suas personagens principais eram sempre fortes e lindas mulheres com grandes pensamentos, vidas e almas, e não eram ela. Poderia ser qualquer uma, mas há sempre uma em que você se espelha, a qual você acha a melhor, a qual você defende. Provavelmente ela foi feita para você. Você pode não acreditar nisso, que ela tenha sido espelhada em você, ou no seu protótipo de vida, mas eu acredito que ela se espelhou em mulheres reais, e se você é real, há grandes chances de você ser uma delas. A percepção dela sobre a vida afeta cada um de seus leitores, cada um que é enfeitiçado pelo poder das suas palavras.
Eu acredito no poder das palavras e também que elas podem musar a vida de muitas pessoas, independentemente de raça, cor, modo de vida e crenças. Eu acredito, e por isso, nunca poderão me punir.

Wednesday, September 23, 2009

how can you mend a broken heart?


I can think of younger days when living for my life
Was everything a man could want to do.
I could never see tomorrow, but no one said the word about the sorrow.

And how can you mend a broken heart?
How can you stop the rain from falling down?
How can you stop the sun from shining?
What makes the world go round?
How can you mend this broken man?
How can a loser ever win?
Please help me mend my broken heart and let me live again.

I can still feel the breeze that rustles through the trees
And misty memories of days gone by
We could never see tomorrow, no one said a word about the sorrow.

And how can you mend a broken heart?
How can you stop the rain from falling down?
How can you stop the sun from shining?
What makes the world go round?
How can you mend this broken man?
How can a loser ever win?
Please help me mend my broken heart and let me live again.

How Can You Mend A Broken Heart - Bee Gees

Essa música é apaixonante, não?

Monday, September 21, 2009

vício.


I was in your arms
Thinking I belonged there
I figured it made sense
Building me a fence
Building me a home
Thinking I'd be strong there
But I was a fool
Playing by the rules

But tell me does she kiss
Like I used to kiss you?
Does it feel the same
When she calls your name?
Somewhere deep inside
You must know I miss you
But what can I say
Rules must be obeyed

Autor Desconhecido

Friday, September 18, 2009

snowing summer


Tudo, repentinamente, pode acabar. Muitas coisas que pensamos serem eternas, às vezes não duram o tempo para se alinharem. Às vezes famílias e costumes que foram difíceis de se construir, em algumas palavras podem acabar. Muito pode-se perder, sem que você saiba. Repentinamente, sem qualquer aviso, o seu mundo poderá virar de cabeça pra baixo e te surpreender, e você nem perceberá.
Família não se trata de ter o mesmo tipo sanguíneo, ter o mesmo sobrenome, ter traços físicos parecidos. Muitas nascem sem saber quem é o pai, a mãe ou qualquer outro membro da família, e mesmo assim s1e tornam pessoas, às vezes não famosas com sucessos, mas pessoas de bem. Se há exceções? Com certeza, muitas pessoas podem não ter índole confiável ou boa, mas muitas pessoas conseguem seguir o seu próprio cominho. Com uma família ou não.
Uma família pode ser os amigos, a própria família de sangue, um grupo, um grupo de dança, um grupo de música, de aula, etc.
A única certeza que eu tenho sobre a família, qualquer que seja ela, é que ela é única e nunca quer o seu mal. Nunca. Os conselhos devem ser aceitos, mesmo que se ja difícil de aceitar o que a ti é proposto.
Fato: quando se perde uma família, não há NADA que se possa fazer. Tudo o que um dia foi construído, terá desmoronado, tudo o que aparecerá na tua frente, parecerá loucura ou um lembrete da tragédia que aconteceu. Tudo o que um dia fora construído agora foi e pra sempre, para talvez um dia ser restaurado. Mas não será fácil. É como se fosse uma avalanche em um pleno dia de verão.
____________
NÃO GOSTEI.

Friday, September 11, 2009

clichês.


Há alguns meses escrevi sobre uma amiga muito significativa na minha vida. Bom, apaguei e acrescentei algumas palavras nele porque achei que o texto não estava bom devido à forma como descrevia ela, a nossa amizade e a importância de ambos na minha vida, e é exatamente por isso que decidi fazer um novo texto.
Bom, não há um jeito certo de descrevê-la. Nós somos muito parecidas, isso é fato, mas não consigo imaginar a mim mesma sendo uma pessoa tão maravilhosa. Ela é exatemente quem eu quero ser daqui há 4 anos, sem dúvida alguma. Ela tem o seu jeito mãezona e ao mesmo tempo é severa consigo mesma e com os amigos ao seu redor, o que acho uma grande virtude. Ela é inteligentíssima em todo e qualquer aspecto ou área. Não nega ajuda a nenhum amigo, nunca. Ela tem sim um jeito clichê quando se trata de gênero musical, cantores, cantoras, bandas, estilo,livros, roupas; ela é clichê. Ao mesmo tempo ela tem uma modernidade sem igual quando de trata de gênero musical, cantores, cantoras, bandas, estilo, livros, roupas; ela é moderna. Provavelmente ninguém entendeu o que eu quis dizer, mas eu não os culpo por isso, porque o meu desejo é que ela entenda. Ela é a mistura perfeita de qualquer sentimento. A agridoçura e o doce que se envolvem em sua face protetora não se deixa enganar.
Well, o seu jeito de dançar não é normal, clichê ou moderno, mas sim o seu jeito. Ela dança com a alma, como coração, pouco ligando para qualquer um que veja. Ela é ela mesma se gostarem ou não. Ela tem um temperamento muito forte, tenho que admitir, mas é isso que faz ela ser o que é. Com certeza uma amiga de todas as horas, para qualquer momento.
Aprendi mito sobre ela, sobre como é ter uma amiga/irmã mais velha/confidente como ela; aprendi muito sobre o amor, sobre a realidade e sobre como o mundo dá voltas. Aprendi a dar valor a certas coisas, como a lealdade e confiança.
Se algum dia a Inglaterra vier tirá-la de mim eu não irei segurá-la. Eu a deixarei livre pra fazer o que ela tem que fazer, porque eu sei que ela fará o que tem que fazer da melhor forma possível. Sim, eu a seguraria se pudesse, mas às vezes é preferível ver a felicidade de outro ao invés da sua. Mas no meu caso ambos estarão felizes, pois só de saber que ela estará bem, eu estarei feliz.
Eu tenho a honra de ter essa irmã mais velha. É um orgulho tê-la ao meu lado. Ah, como eu te amo, Maria Luísa. Apenas o seu jeito de menina/mulher e mulher maravilha já me fascina.
O nosso amor não é medido e muito menos controlado por ciúmes e brigas. O nosso amor apenas está lá, é fato. Pode parecer clichê, mas é a realidade.

Pode Não Ser Simples

Lá está ele sentado,
Com seus pensamentos focados,
Com seu coração desorientado.
Nada podia fazer,
Esperar. Apenas Esperar.

Lutando contra o vento,
Batalhando contra a razão.
Esperar pode não ser tão simples
Quando muito se tem a perder.
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Era pra fazer um poema de duas estrofes na aula de Produção Textual. Bom, aí está.

Medidas Inconseqüentes



Palavras inconseqüentes
Abalam o rio que desce
Por entre os nossos dedos
O vento aparece,
A areia pra fora é soprada
Como se não existisse,
Como se lá não estivesse.

Pelo mesmo deserto andamos
Vagamos, pensamos.
A mesma sede passamos,
Da mesma fonte bebemos.

A ingenuidade parece
Nos consumir infinitamente
Em uma medida inconseqüente
Os ângulos parecem se desencontrar.
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Me inspirei na aula de Matemática hoje. Acho que os ângulos e circunferências estão atngindo a minha imaginação.

Friday, September 4, 2009

until life breaks it apart.


"Era inverno de 1957. Um homem na praça nos arredores dos subúrbios de Barcelona. O vento gelado, impiedoso, cortava os rostos e fazia sofrer quem ousasse desafiá-lo. Um homem por entre fatos. Ele aparentava ser rico, alto, de cabelos loiros e olhos verdes que se escondiam por entre os sobre-tudo negros. Aparentava estar com uma flecha atravessada pelo seu coração apenas pela expressão de dor e confusão em seus olhos. A dor que enchia seu coração de ódio, raiva e remorso fazia com que ele parecesse cansado apenas por respirar. Estava ofegante. Os seus pensamentos o prendiam em uma rede de mentiras. Ele enganara pessoas e percebeu que, na verdade, com isso, só enganara a si mesmo. Ele pensava nas pessoas queridas, parentes, amigos e no amor que poderia ter prezervado se não tivesse agido do jeito que agiu. Pensava do quão estúpido e idiota era, no quanto poderia ser uma pessoa melhor. Ele parou. Olhou para os seus pés e sentou em um banco cor de chumbo, com o encosto feito de madeira. Só indagava sobre a vida, sobre a fé, o amor, Deus e sobre a arte que ele costumava acreditar. Ele parou de pensar. Parou de indagar. Ficou obsevando o céu cujo estava em cor de púrpura com toques respingados de laranja, azul de cinza; observava o jeito alegre das pessoas que por ali passavam, como as suas brincadeiras umas com as outras era, o jeito apaixonado que casais se entreolhavam. Ele sucumbiu à sua própria fé e criação e naquele momento estava desamparado. Pensava em suas crenças mas não de forma a reavaliá-las, mas sim a conquetizá-las. Sentia-se seguro e forte para se humilhar e perder o orgulho na frente daqueles que ele amava e pedir perdão, misericórdia.
Repentinamente um homem de trages muito mais que simples, trapos poderiam ser considerados, muito longe da realidade que o homem de sobre-tudo preto estava acostumado, bom, o homem de barba grande ficou obsevando o de sobre-tudo como se soubesse o que ele estava pensando, ou o que ele precisava, das palavras que ele precisava ouvir.
O homem de sobre-tudo não parecia incomodado com a presença daquele homem de barba grande e sim surpreso. Até que o homem de sobre-tudo balbuciou algumas palavras para si mesmo. Então ele murmurou algo, aparentemente para o homem de barba grande:
- Por que os relacionamentos são tão difíceis, complicados e cansativos?

Um sorriso surgiu em meio daquela neve toda. E tinha vindo do homem de barba grande. Ele parecia entender exatamente a pergunta e, ao mesmo tempo, a resposta, e disse:
- Por que a única coisa mais difícil é viver solitário.

Então o homem de sobre-tudo sorriu envergonhadamente e percebi que algo caíra de seus olhos. Era uma lágrima. Talvez tenha sido tristeza, mas acho pouco provável que fora isso. Tenho um melhor palpite: era uma lágrima de alegria por ter achado alguém que o entendia, pois isso não é algo que se acha em qualquer esquina. Ele havia achado isso naquele final de uma tarde nevosa na praça pública em Barcelona.
No momento em que o homem de sobre-tudo se levantou, abraçou o homem de barba grande e disse, lentamente:
- O senhor fez algo com a minha alma e com a minha fé que nem eu mesmo tinha certeza que poderia ser feito e por isso serei eternamente grato.

E foi. Naquele exato momento eu, ele e o homem de barba grande sabiam. Sabiam de tudo. Sabíamos que a sua fé em amor, em Deus, e na arte fora restaurada e que o homem de sobre-tudo nunca mais deixaria que ele mesmo acabasse com ela mais uma vez."