Saturday, December 19, 2009

so tight.


Pânico. Meu grito agudo ecoando pelas paredes e voltando aos meus ouvidos. Medo. Nada mais que medo. Um pesadelo horrível. Terrivelmente obscuro esse pesadelo meu. E agora ele me assombrava. O pior pesadelo.
Agora o suor escorre pela lateral da minha cabeça em chamas. Não consigo parar para raciocinar.  Começo agora a me acalmar. Calma. Lembro de que preciso respirar. Encho os pulmões e eles parecem queimar quando eu faço isso. Agora solto o ar ofegante. Penso no que fazer. Mas meu corpo não reponde aos comandos.
No pesadelo, você aparecia tão mágica e belamente. Foi típico de você. Aparecer mesmo no meu pior pesadelo quando você é o meu maior sonho. Bom, você estava andando tão calmamente e o vento soprava para mexer de leve em seus cabelos e espalhar o seu cheiro até trazê-lo para que eu pudesse senti-lo. Você me abraçou tão calorosa e cautelosamente. Tive medo. Parecia adeus. Não queria dizer adeus a ti, e te segurei por mais breves momentos. Parecia uma eternidade o que deveria ter durado apenas alguns minutos.
Você parecia querer dizer algo a mim. Eu ansiava por isso. Queria a verdade mais do que nunca.  Você abriu a boca para começar a falar, desgrudando um lábio do outro. Você hesitou. Expirou. Puxou o ar novamente. E agora eu acreditava que você iria falar só pela careta que fez quando olhou direto nos meus olhos, fazendo uma lágrima minha despencar. Nossa! Eu estava chorando? Por quê? Eu devia tê-la segurado. Deixei ela escorrer em minha face.
Sua voz agora ecoava dizendo: “Eu..” Hesitou  novamente. Entrei em transe. Não podia ser. O suor saia frio. “Eu não te amo mais.”
Eu não queria explicações, não queria acordar. Será que realmente ele não me amava mais? Porque agora eu o amava insanamente. Nunca fui boa o bastante. Nunca tive paciência demais, nunca tive o rosto bonito demais, nunca foi inteligente ou sagaz demais. Nunca fui o suficiente.
Agora então meu coração estava destruído, minha alma completamente desolada e minhas lágrimas corriam. E ele parecia machucado por olhar-me desse jeito. Mas eu não caí na sua armadilha. Ele provocara isso. Certamente não sentia remorso. Agora ele andava lentamente em minha direção. Abraçava-me fortemente de novo. Deixava com que as minhas lágrimas secassem em sua pele. Eu o afastei. Ele hesitou, novamente. Foi para trás com passos indiscretos. Afastando-se quase imperceptível, mas seus olhos penetrantes nos meus. Agora ele virou de costas para mim. Eu queria alcançá-lo. Eu corria. Minha respiração ofegante. Ar. Preciso lembrar da necessidade dele. Não posso esquecer. Corra. Mais rápido. Meu coração não para. Não hesita. Ele persegue.
Você parece mover-se com movimentos tão sutis, simples. Imperceptíveis aos meus olhos, mas concretos para o meu coração que sente você afastar-se. Agora corro o mais rápido possível. Deixando a brisa acariciar meus cabelos e minha face, jogando as lágrimas para longe. Eu não conseguia te alcançar. Minhas pernas cambaleavam. Meus pensamentos me traiam. Eu queria você comigo. Que queria que você estivesse a milhões de metros distante. Eu queria consolo. E então acordei.
Não tenho certeza se foi um sonho, apesar dos pesares. Só sei que foi o meu pior e mais assustador pesadelo. A hipótese levantada de eu perder você inevitavelmente me assustou.
Acho que você não tem idéia na repercução que você tem em mim. Acho que eu não tenho nem perspectiva de quanto a sua falta repercute em mim.
Não tenho idéia do que você pensa agora, não tenho idéia do que você está odiando, amando ou até lendo ou escutando. Eu apenas sei que eu o estou odiando, amando ou até lendo ou escutando agora. Meu coração parece pesado demais agora, de mágoa e remorso. Eu olho pra frente e meus olhos são espelhos refletindo esse meu medo, essa angústia.
Você é o meu maior ódio, meu maior e mais completo livro, a mais profunda e melódica de todas as músicas, a minha maior angústia. E assim sendo, o meu maior amor. Meu pior pesadelo, meu maior sonho. Você diz que me ama. Prefiro acreditar que isso seja verdade.

Tuesday, December 8, 2009

as far as you think.


"Mas o que o observador realmente repara são seus olhos.Tudo aponta para seus olhos: seus olhos cegos de um azul profundo que, de alguma forma, conseguem brilhar tão intensamente, com tanta... energia neles, reservas inesgotáveis de sabedoria e tristeza. Não é um milagre que ela tenha conseguido captar isso tudo – o espírito de uma pessoa, torná-lo aparente, perene e imutável, usando nada mais do que uma mistura de pigmentos e óleos vegetais? Acho admirável o que os artistas conseguem fazer."


Monday, December 7, 2009

Saturday, December 5, 2009

disturbia.

Lágrimas. Sonhos. Segredos. Baús. Profundezas. Perigo. Circo. Dormir. Proibido. Avós. Cinema. Novidade. Hospital. Surpresa. Livros. Músicas. Risadas. Crises. Coração quebrado. Consertar. Chinelo. Noite. Estréia. Celular. Tênis. Compartilhar. Piscina. Cansaço. Dança. Fotos. Compromisso. Sinceridade. Pessoas. Desconhecido. Esperança.
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aleatóriamente, minha cabeça é ainda pior pra entender.

antônimos.

Não gosto de excesso de altura, nem de mais de menos. Não gosto de loiros, não gosto de morenos. Não quero olhos claros e nem cogito que sejam escuros. Não quero gordos, magros. Não quero fortes, desprezo fracos. Não quero estrangeiros e nem penso em regionais. Não quero alguém que não seja capaz de entender o que eu não quero. Não quero alguém que fique mal-humorado quando eu estou de mau-humor.  Não quero a minha opinião colocada em pauta, ou a minha voz áspera em questão. Não quero você. Não quero alguém que goste de me insultar. Não quero o que me fará sair machucada dessa história chamada vida. Não quero pessimistas, não quero otimistas. Odeio efusivos. Não quero alguém que viva sorrindo, não quero alguém que viva amargo. Nem chego a cogitar em ter alguém que não tenha bom gosto musical. Não quero alguém que não saiba tocar um instrumento. Não quero alguém que se magoe facilmente, mas também não quero magoar alguém facilmente. Necessito evitar.

Quero alguém que saiba acompanhar-me no meu caminho, no caminho que eu sigo. Quero alguém forte, sempre disposta a lutar ao meu lado. Quero alguém que entenda que a voz é um dos instrumentos mais fortes do qual dispomos. Quero alguém de opinião forte, que discuta comigo, e diga que eu não estou sempre certa. Quero o meu errado, o errado sempre ao meu lado. Quero que o certo se afaste, vá embora, nunca mais ouse pisar nesse chão que agora encontra-se sob meu teto. Não quero mais ouvir falar do certo. Eu só quero o meu certo. O meu errado.O errado que, relativamente, é o mais certo pra mim. Eu não quero o meu errado, quero o meu certo. O meu certo. Necessito do errado, o meu errado, o errado feito certamente para mim.
O errado que nego, que não gosto, que desprezo. Será esse o que há de mais certo ou de mais errado? E esse errado ou certo, não serão ambos errados? Ambos não serão os antônimos? Não quero o meu errado, eu preciso dele, é a minha prioridade, minha necessidade. Eu quero o meu certo, quero ter pelo menos algo certo em minha vida. Mas para que a minha vida seja certa e o meu amor seja completo, preciso do meu errado. Meu errado é certo para mim, é a necessidade, é a conclusão. É o que há de mais completo, é o que me completa.

Thursday, December 3, 2009

trilha sonora.

Palavras cantadas, sussuradas, berradas, declamadas. Poesias transformadas, transcrevidas, mudadas. Pensamentos usados, jogados fora, mudados conforme o contexto. Não fui eu a autora, não fui eu quem arquitetou. Não é minha a culpa de escrever esses versos categoricamente impressionantes e brilhantemente lindos, incrivelmente poéticos. Gostaria de ser a culpada por fazer alguém se sentir melhor com esses versos. Mas não sou. Enquanto isso apenas ouço-os com esperança, ouvindo cada mágica palavra, cada simples verso, que forma já um mágico conjunto, uma estrofe. Um conjunto de palavras misturadas. Uma mistura certa. Uma formação, que saiu da sua imaginação e fará com que eu e poucas pessoas mais sintam-se, de certa formas, compensadas, agora, pela falta de compreensão dada pelo mundo. Essa música lhe confortará, lhe dará essa compreensão. Em troca, a música e seus versos cuidadosamente contruídos, também serão compreendidos.
Será que ninguém compreende a repercução disso em mim, na minha vida? Palavras que posso reconhecer ou posso acreditar terem sido redigidas para mim, isso mudará algo. Perguntaram  a mim o que uma música pode mudar na vida de alguém. Eu pensei, repensei e agora digo, certa, absolutamente certa de que é relativo. Certa de que isso não poderei nunca responder por ninguém. Só posso responder pelos meus atos, e pelos de ninguém mais. E, sabe, uma música ensinou isso a mim. Pela janela do quarto, enquadrado, enquadrando meus mais vagos e meros pensamentos, eu agora vejo tudo o que a música fez a mim, por mim. Eu devo muito à música. A música que me tirou um problema das costas fazendo com que eu o resolvesse, a música que fez com que eu repensasse os meus atos mais do que o suficiente de vezes para eu ver que estava errada; a música que abriu meus olhos, meus caminhos e declarou esperança, várias vezes. A música que trilhou meu caminho mesmo eu tendo meus poucos dias de vida, a música que me deu experiência; a música que fez com que eu visse o que era certo e errado, fez com que eu declamasse as minhas palavras mais facilmente. A música de minha vida, cantalorando em meus ouvidos, sempre na minha trilha sonora. A música que renevou meus caminhos e esperanças. A música que sempre esteve ao meu lado. Espero poder assim, para sempre ficar. Com música aos ouvidos, sol na face, vento no corpo e um livro nas mãos.

só vê a dor.


Já tentei fazer com que você voltasse.
Também já tentei sozinho encontrar a solução
pra acabar com essa dor que hoje assola o meu coração.

Já tentei fazer com que você parasse
de brincar com o meu sentimento e me ouvisse então,
por um momento pra eu tentar te convencer que nada foi em vão.
Nada foi em vão.

Tenho medo que pra ti eu seja apenas mais um que te quer,
e você vai me ouvir no rádio e achar que é uma música qualquer.
Preste atenção,

Em cada verso só pra ti que eu vou cantar,
cada palavra que eu expresso visando te agradar,
não é o bastante pra tu perceber o quão grande é o meu
amor.
E a minha dor.

Já tentei de tudo pra você voltar,
Já tentei ser mais feliz só pra fazer você chorar.
Não vejo resultados, só meu coração que vê a dor.

Não há nada que eu possa fazer
pra ter você de volta pra mim.
E eu sento e tento ao menos entender
 o que eu fiz de tão ruim
Mas eu não sei, eu não sei.


Onde está todo amor que eu te dei?
Foi pra onde que eu não sei.
Só tristeza e solidão.

Vão ficar marcadas no coração,
Nisso eu te dou razão
É impossível viver só
Sorrindo.
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Onde Está, do Fresno. Mminha música/refúgio nos piores momentos.

up high

Give me that line again,
He's not coming home again tonight.
Momma, wipe those tears from your cheeks,
It don't make no difference now.
Remind me one last time that you won't ever go.
The whales can't swim without the tide ,
And birds won't fly without the stars in the sky.

I can't feel without your touch
I can't dream without your smile
I can't live without your love

Oh Momma!

I cannot fall without your hand
I can't cry without your arms
I can't live without your love

Oh, Momma

Give me that song again,
Hold me closer than
You ever did before.
When I've given all I'll give you more
We'll keep on floating to the shore.
You can take a storm and turn it all around ,
And then the sun shines through
Oh, the story of your life
We have all been designed
But you're as real on the outside,
Momma.

See when it all comes back around,
And he still can't figure out
How he let you get away.
You just keep your head up high
And know it's better off that way.


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Oh Momma, de Justin Nozuka. It's for you, mom. It's about what I never had the chance to say to you. If I ever had, I would say this.
And the picture says everything, doesn't it?

Tuesday, December 1, 2009

base de tudo.


Começou em um escuro pertubador, assustador, que parecia duradouro demais para os minutos que demoravam a passar. Foi quando as luzes acenderam que voltou a alegria, a empolgação, a espera. Perdemos a primeira apresentação. Fomos rezar para que dessa tudo certo. O momento não pode ser explicado. A força e a confiança que eram colocadas em nossos ombros a cada palavra dita era um incentivo, um motivo a mais para darmos tudo o que temos em cima daquele palco. Quebrá-lo, se fosse preciso. Relaxamos e nos concentramos, pensando cada vez mais no momento especial que era aquele estréia. Confiamos um nos outros para fazer cada um a sua parte, para que assim o grupo fosse completo e unido. Tensão. Chegou a hora de pararmos e descermos. As escadas agora pareciam nos assombrar e soprar o medo em nossos ouvidos, dizendo-nos coisas absurdas. Mas não, nada disso poderia sequer nos abalar. Estávamos certos de fazer aquilo certo, de um jeito único, do nosso jeito.
Era a hora, já estavam nos apresentando. Por entre duas cochias eu passava com meu
coração desesperadamente acelerado, querendo pular para fora de meu corpo.
Eu me concentrei em fazer certo, direito. Agora que eu pisara naquele palco, nada mais me faria sair dele. Agora eu prometera a mim mesma que daria tudo certo. Agora o medo desaparecera, fazendo com que eu relaxasse. Agora a música soava para todos ouvirem. Em minha cabeça agora eu me concentrava em fazer uma coisa apenas, em dançar. Dancei com vontade, com o coração, querendo ganhar o prêmio que não existia. Ser melhor do que qualquer um e deixar a nossa consciência limpa, era isso o que eu desejava, o que eu precisava. Não queria mérito para mim, e sim para o meu grupo que não cansa de ser um jóia preciosa para mim.
Sai e apenas senti os meus olhos quentes e cheios de lágrimas, pronto para deixá-las cair. Ao ver todos foi o necessário para os meus olhos as expulsarem, fazendo com que elas caíssem sem parar. Tudo valeu a pena. Tudo o que foi dado, agora fora recebido de volta. Tudo valeu naquele momento em que vi todos satisfeitos e chorando. Não me importava se era alegria ou a tristeza de ser a última estréia de alguns. Eu não me importava. O que me importava era apenas tê-los ao meu lado, dançando e sendo as pessoas que eu amo. Agora tudo o que eu queria fazer era sentar-me e olhar dentro de dois olhos marrons, mas que devido às lágrimas estavam verdes, e dizer que nada podia ter sido melhor e que essa nossa última estréia foi mais do que importante, foi memorável, pelo simples fato de eu estar ao seu lado. Agora uma palavra parecia estar sendo escrita em minha consciência: saudade. E eu sabia que eu já estava pronta para começar a senti-la.

Saturday, November 28, 2009

Laís



Um dia ensolarado, ou chuvoso. Quente ou frio. Eu estava de bom ou mau humor. Não me recordo. Eu me recordo de um fato em especial, apenas. O fato de eu começar a conversar com uma menina um tanto quanto tímida, meiga e muito carinhosa, a meu ver.
Eu percebi que uma nova amizade aflorava, de grão em grão, degrau em degrau.
Eu percebia que eu, agora, ia ter uma pessoa com quem contar em todas as horas, para sempre.
Ela é gentil meiga e indecisamente linda. Nunca sabe se faz o certo. Nunca sabe se é o certo para alguém, ou se o que ela faz é certo. Ela tem medo de magoar os outros, e age sempre de acordo como que quer, mas tendo a certeza de uma consciência limpa.
Seu olho brilha com boas notícias, suas pernas tremem com a expectativa. Ela tem aquele clichê próprio seu, no qual faz com que ela seja ela mesma. Sempre preocupada com quem importa para ela. Sofrendo, com esse mundo a castigá-la. Mas, apesar de eu saber que ela negará isso, eu aprendi muito com ela. Aprendi a não desistir de quem se ama, e cuidar de todos sem qualquer restrição. Aprendi que não se deve desistir do seu próprio amor. Aprendi que as pessoas podem ter mais do que uma chance. Devem ter duas.
Eu quero que ela saiba que eu a amo muito e que sempre me preocuparei com ela. E esse texto era só pro dia 19.
 

Wednesday, November 25, 2009

cheating eyes


Olhos traiçoeiros esses meus que inisistem em mentir para o meu coração. A cegueira parece tomar conta de meus sentidos, fazendo-me sofrer. A saudade, a falta de ter você comigo. Já conclui que o amor é um jogo perdido, do qual você já começa a jogar, perdendo. A verdade é tirada de mim, como se eu não tivesse o direito de saber nada sobre ela. Sufoquei-me em você, na mais absoluta asfixia parecia perder as minhas forças. Aos poucos perdendo os sentidos, e o próprio sentido da vida. Com as mãos atadas, apenas um sentido em mim, agora eu percebia. E esse sentido estava completa e totalmente aguçado. O sentido da saudade. Saudade essa que me consome. Você é a minha saudade. Saudade difícil essa a minha, que me consome pouco a pouco. Perdi as forças, como já disse. Mas a percepção parecia não fazer com que eu percebesse que havia um motivo para a minha força. E esse motivo é você. Meu motivo de tudo. Perdi você e não tenho mais nada. Agora perdi o meu ontem, e não tenho mais amanhã. Nâo tenho mais forças para sequer cogitar ter um amanhã sem você.

Tuesday, November 24, 2009

deny it


Ela prefere ler livros do que ver filmes. Prefere o errado do que o certo. Ela sempre precisa de drama e não comédia. Ela usa preto enquanto todos usam branco. Gosta de vermelho, se todos gostam de azul. Ela prefere seguir o caminho difícil ao caminho fácil. Em dias felizes ela acha melhor chorar do que rir. Ela prefere a aula de Artes do que a de Educação Física. Ela escolhe fotografias ao invés de quadros. Em dias tristes ela não vê a hora de ter um grande ataque de risos. Para ela o certo é ser errado, pois ser certo é normal. E ser normal é para os fracos. Ela odeia exageros e prefere o seu estilo particular do que a moda. Ela não gosta do futuro, prefere o pretérito. Ela não gosta de crianças, prefere os idosos. Ela não gosta de moda futurista, gosta de retrô. Ela gosta do clássico, das culturas que já se foram, ela gosta de resgatar o que parece impossível de ser salvo. Ela resgata as pessoas. Ela não vê razão de as pessoas deixarem de mandar as cartas.  Ela gosta da espectativa e prefere esperar ao ter as coisas de imadiato. Ela gosta da justiça, do justo, e sabe que isso às vezes faz com que regras tenham de ser quebradas. Ela é a alegria do sorriso de qualquer um que a deseja. Ela é o que quer ser, e não teme nada. Gosta da noite, embriagada na penumbra, mas também gosta dos raios de sol a refletir e desvendar a verdade, e arrancar a mentira dos rostos de todos os que passam perto demais para serem pegos. Ela gosta do clichê 'eu te amo'. Ela gosta das palavras e não dos dígitos. Ela prefere textos e poesias ao invés de qualquer outra coisa. Gosta de vinis, memso gostando dos CDs. Ela é ela mesma e todos a amam sem ela fazer esforço algum. Ela gostaria de reverter isso, assim como gostaria de reverter o mundo. Ela prefere o seu do que o do outro. ELa prefere o amor do que tudo.

Tuesday, November 17, 2009

anonimato.


Quero ser anônima. Sem rosto, sem corpo, sem medo. Quero ter o direito de ser anônima. Quero ver você chorar sem sentir culpa. Preciso ter a garantia de que quem está ao meu lado é feliz. Quero saber o que dizem e pensam de mim. Quero desaparecer mas não sentir saudades. Quero assistir o teu dia-a-dia ao invés de fazer parte dele. Desejo poder observar você, seus encantos rudes e gentis, suas qualidades sutis e quase imperceptíveis. Preciso do som da tua voz, dos teus segredos. Quero não ter nome, identidade, característica, personalidade. Qualquer coisa para fazer-te feliz. Não quero mais que minhas lágrimas afetem o teu dia, façam-no ruim, tornem-no algo para você se arrepender. Quero o meu anonimato, e disso tenho direito. Quero que ele dure o tempo preciso para que eu me cure dessa doença, dessa epidemia. Preciso que dure. Mas não há remédios, não há saída. Não há antídoto ou solução. A epidemia que você me causou recusa-se a partir, assim como o meu amor por ti. Mas a dor não vai embora, resiste com todas as suas forças e leva as minhas forças para longe. Eu quero que ela vá, quero que ela permaneça a doer. A alegria do meu sorriso iria para longe com ela, para sempre, e isso iria acabar com o que resta de mim. Só quero estar ao seu lado, mesmo você sem você sequer notar. Mas nunca nem quero pensar em me curar de você. Seria uma cura dolorosa demais para qualquer remédio conseguir tirar o seu efeito.

Thursday, November 12, 2009

o inesperado acontece

Quando nada parece funcionar, nem você mesmo. Ela via que nada que ela dizia saia do jeito que ela imaginava, que ela supunha. Estava tudo tão errado, tão incerto. Agora que ela desejava que tudo desse certo, que os seus pedidos se realizassem. Era impressionantemente irritante a forma como tudo dava errado. Um passo andado, um tetxo escrito, uma página lida. Estava tudo errado. Ela queria apenas sumir. Sair sem destino e sem hora marcada para chegar. Não queria voltar. Vontade mesmo era de sair por conta própria, deixar o vento soprar por entra as suas dúvidas e fazer uma escolha certa. Mas tenho certeza que o que ela mais queria era fazer a escolha errada. Não para ter remorço, raiva, nem nada do gênero. Ela queria apenas, por uma vez na vida, fazer algo errado sem ser julgada, ou sem receber algum tipo de punição por isso. Ela queria ter liberdade o suficiente para ser anônima. Quer autenticidade para ser quem ela deseja ser e fazer as coisas erradas que lhe dão vontade de fazer. Mas ela precisa sumir primeiro. Espero que ela consiga.

Wednesday, November 11, 2009


Parece que a voz que sai da sua boca não é mais a mesma. Não faz mais sentido o que você fala, as palavras que tentam fazer algum sentido, já não importam mais. Não reconheço mais o teu perfume, que costumava ser o antídoto de toda a minha tristeza, de toda a minha solidão. Você costumava ser o refúgio para o qual eu tinha o prazer de me esconder. A tua voz me acalmava, com seu timbre forte e sempre perto de mim. Teus abraços consumiam o que me fazia mal, e o que você me dizia, deixava-me livre de todo o mal. Eu quero reconhecer você de novo, quero saber quem você é. Quero saber suas bandas prefridas e comida preferida. Quero saber tudo sobre você. Quero me obcecar pela tua agridoçura. Não queria que nada disso tivesse ido embora. Não queria que você significasse o desconhecido. Não queria que ao olhar-te na rua, eu visse um completo estranho. Um desconhecido, anônimo na minha frente. Alguem que já significou tudo, transformou-se em um nada. Ou quase isso. O anonimato fará com que, aos poucos, eu esqueça de como nós éramos. Vou esquecer de tudo. Memórias serão disribuídas a quem quiser pegá-las, quem quiser vivê-las. Sò não esquecerei da tua voz. A tua voz que marcou um grande momento da minha vida, me marcou você. Marcou nós dois. Marcou um começo e um fim. Ah sua voz vai sempre ecoar atrás de onde a minha voz alcançar. É isso. Teu eco pra sempre seguirá a minha sombra. Apenas não sei se fico feliz ou triste com esse inevitável fato.

Thursday, November 5, 2009

meu certo, seu errado.


O livro agora parece ter as suas páginas queimadas e atordoadas pelo seu conteúdo. Ele me conta algo, mesmo fechado, lacrado. Eu que escolheu lê-lo. Eu que escolheu abri-lo e tirá-lo da escuridão que é a solidao. Eu que deu abrigo a ele, vida. Mas leio e tento entender, o que me parece algo impossível. É inevitável que eu procure as respostas, meios para me levarem ao certo, até o duvidoso.
Agora encontro-me lendo os capítulos finais, terminando o que ainda não havia sido lido. Leio todas as páginas, procurando uma respotas, mas elas parecem ser evidentes demais para eu entendê-las. Elas estão certas demais para eu conseguir achá-las. Preciso complicá-las, achar respostas difíceis, plausíveis. Quero achar as minhas respostas ali. Mas não vou.
Encontro-me abaixo do sol, tentando encontrar pequenos lugares para eu respirar a corrente ar que insiste em meu cabelos balançar. Tento, ofegantemente, encher os meus pulmões com vida. Tento me livrar da verdade daquele livro, das suas respostas. Tento me livrar do peso da verdade. A verdade pesando em meus ombros.

Monday, November 2, 2009

verbo ser.

Ser um escritor não é apenas esperar que a inspiração apareça diante de seus olhos, colocar palavras vis e incoerentes em papéis. É encontrar caminhos de atingir o coração de alguém. Nunca vi um escritor emocionar-se com um texto de sua própria autoria. Mas sim quando alguém se emociona com ele, quando ele vê que o que ele escreveu, que a sua arte importa para alguém. Um escritor tem que ser sensível à pequenas mudanças de humor, à crises e à problemas e fazer com que isso vire uma linda estrofe sobre algo totalmente alheio àquilo. Um escritor é praticamente um mágico. Um escritor não tem apenas que ter uma grande mente e um grande poder de percepção. Ele tem que ter uma enorme alma para abrigar os seus sentimentos e, consequentemente, colocá-los de forma a fazer com o que o leitor os interprete através de um personagem. O escritor tem que traduzir imagens, momentos e fatos para palavras intendíveis e de significado concretizado. Um escritor pode concretizar momentos especiais e pessoas marcantes através das palavras, e isso já vale uma vida. Ele pode alongar a vida de pessoas que ele ama, que ele aprecia. Ele pode torná-las imortais. O escritor que possui um grande coração, tem grande vantagem sobre qualquer outro escritor. Pois palavras não são apenas escritas racionalizando os momentos e histórias a serem redigidos, o escritor trabalha os sentimentos e transforma-os em palavras, em curtos trechos capazes de fazer o leitor mudar de opinião sobre algo, até sobre a vida. Se algum escritor dizer a você que não escreve por algum motivo, e sim só por escrever, ele está mentindo, e escritores são muito bons nisso. Escritores sempre terão um objetivo ao escrever, nem que esse seja para ser o seu refúgio. Um escritor sempre vai querer atingir o coração de alguém, mesmo isso não sendo transparescido.Um escritor têm o poder que muitos não apreciam, muitos não enxergam, mas, no fundo sempre desejaram. O escritor tem o poder de sentir o mundo de um jeito diferente, de enxergar os fatos de um jeito que só ele enxerga, de amar de um jeito que só ele ama, de ver que a arte existente no mundo ainda não está acabada e que a vida vale a pena ser vivida, e sabem que um poema, um verso, uma estrofe ou um livro pode fazer a existência de alguém, importante. Um escritor têm o poder de fazer a vida de alguém ter sentido, de fazer palavras não serem usadas em vão, de fazer os olhos de quem se ama brilhar, e só por isso, ser escritor já é esplendoroso.

I need some meaning I can memorize.
The kind I have always seem to slip my mind.

But you write such pretty words.
But life is no storybook.
Love is an excuse to get hurt and to hurt.

"Do you like to hurt?"
"I do. I do."
"Then hurt me."

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Trecho de Lover I Don't Have To Love, de Bright Eyes

clichês.

Me impressiona a facilidade com que ela é espontaneamente ela mesma. Sem ter que se desculpar consigo nem com ninguém. Não sente vergonha em ser o que ela realmente é.
Fico feliz por sermos parecidas, por termos pensamentos quase idênticos. Fico lisongeada por ser parte da vida dela.
Ela ama música. Ela ama dançar. Já eu, amo apenas o seu sorriso ao cantar ou a sua precisão e cuidado ao fazer os movimentos de uma coreografia, para mim isso basta. E se cantar e dançar tragam-na um sorriso no rosto, para mim isso vira necessidade.
Ela ama jazz, ama ler. Tem um estilo de música alternativo. Ama entrar em novos mundos, em novos universos. Eu, pelo meu ponto vista, acho que ela só gosta de sair um pouco do seu universo particular, quando pode. Apenas de vez em quando.
Ela sempre se conecta com o mundo inteiro, sem sair do seu próprio lugar. Seu estilo mistura um pouco do clássico e do folk. Não abre mão se calça jeans e all star. Adora vestidos chiques e magnificamente desluimbrantes. Não troca os seus óculos por lentes. Não abre mão do seu estilo. Não gosta de moda. Ela faz a sua própria moda.
É sutil e cuidadosa com as palavras, e isso faz dela uma pessoa inteligente, esperta, sagaz. Ela vê o mundo do jeito dela, mas não esquece a realidade, ou sequer os fatos.
Ela acredita nas pessoas. E, por isso, será muito gratificada na sua vida. Mas isso também a fará triste, por se decepcionar com algumas pessoas. Pessoas que, pela vista de algumas pessoas, não merecem esperança. Então, nessas circunstâncias, ela se torna a esperança dessas pessoas, o seu refúgio.
Ela conhece muitas pessoas. É altruísta, teimosa, paciente e muito modesta, por sinal. Tem os poucos e bons amigos. Espera que ela os siga para sempre ao longo da sua vida.
É emotiva. Chora muito. Um filme bom, uma música triste, um fato doloroso, uma homenagem. Uma vitória.
Ela tem a sua própria opinião, e disso ela unca abrirá mão. Está correta do que faz, do que pensa, não pensa diferente apenas porque outros querem que ela pensa diferente. Ela pensa por si mesma, deseja por si mesma. Ela sonha muito, muitas vezes acordada. Vive fora do mundo real, fantasiando, imaginando. Mas tem a cabeça no lugar. Não é a mais correta, careta. É controlada, sabe o seu limite. Entende quando vê os limites do seu corpo sendo alcançados.
Sofre com o problema de outrem. Tem vários problemas, e com certeza não compartilha todos com os seus amigos. Não os compartilha completamente comigo. Tenho esse impressão concretizada. Sei que não é por mal, ela apenas acha que as outras pessoas têm problemas sempre maiores do que os dela. O que, normalmente, não é verdade.
Eu apenas descrevi o que muitos não sabem, o que muitos não observam. Mas eu queria apenas dar um presente agora no seu aniversário, que importasse mais do que mil objetos. Eu queria dar a ela, mil palavras. Eu não sei o que dar a ela, não sei o que seria bom o suficiente para essa data tão importante, significativa. Eu apenas sei que seria bom oferecer a ela essas palavras, com todo o meu amor. Sou eternamente sua amiga, confidente e grata por ela ser essa pessoa magnífica. Por ela acreditar em mim. Quero oferecer a ela esse texto na sua 16ª primavera. Quero que isso marque a sua estrela, a sua vida, o seu destino, para que sempre lembre não apenas dessas vis palavras, mas sim do que elas significam e de quem as escreveu.
Tudo o que eu escrevi foi muito clichê. Clichê até demais. Mas eu gosto de clichês, ela também. E seria clichê demais se agora eu dissesse que a amo?

Sunday, October 25, 2009

windows of my mind


I caught myself examining a picture of us. I dropped it on the floor. I was horrified with myself thinking of us. It did not passed much until the time that we were done. But I just did not catch myself thinking of you, a long time ago. I saw everything passing through the windows of my mind. Being something good or bad, it did not matter. What existed between us was contemplated in my mind, with no disagreement.
We cannot forget what we passed though, we cannot deny it, we cannot erase it. We could pass through much more, but not now. All the feelings which were so confused inside our hearts may never exist in such a strong way again, never again. Your smile, your laugh still exists and insists to stay inside of me. Your silly way of being and acting, our funny conversations, our stupid fights. Your tears scaping from your eyes, shed on my shoulder, penetrating into my skin.
It was YOU and I, ME and YOU. It was suppose to persist into everyone's mind, this concept, the idea of us. It persisted for long. And in the future this 'long' will mean 'long ago'. I do not blame anyone for think like that.
I had an idea of us. When I thought of what we had, I used to go always further than any idea or possibility that what anyone could possibly think, imagine. I saw what we really were. What each of us thought about eachother, and I saw the way we were for real. I saw the way our love was, the way our love persisted through it all. Through all. I knew that our feelings were very young, scared, even immature, discovering new worlds, new possibilities to love. But I knew it would last. I just didn't know it would not be forever.
I know it is over, I know it will not come back.  I don't want it to come back, for sure. It was great while it lasted, but now, there is no why to keep it. I understand it and I did not hat to keep suffering until I learn it. I just learned it by the easier way, accepting. Accepting, recognizing that we just were not meant to be anymore. That once upon a time we were, but this time has gone for now, our happy ending passed through our fairytale. Actually, I've seen it already, before, but I cheated my eyes and pretend I did not see it. I cheated myself like I knew I would.
Now my eyes are not blinded by the lie that I was living, now I catch the truth and I will not let it go away. I won't blow it away. Anymore.
I saw everything. Everything passing through the windows of my mind.

Saturday, October 24, 2009

Perceber aquilo que se tem de bom
no viver é um dom, daqui não
eu vivo a vida na ilusão.
Entre o chão e os ares vou
sonhando em outros ares vou
fingindo ser o que eu já sou,
fingindo ser o que eu já sou.
Mesmo sem me libertar eu vou.
É, Deus, parece que vai ser nós dois
até o final.
Eu vou ver, o jogo se realizar
de um lugar seguro, seguro.
De que vale ser aqui? De que vale ser aqui?
Onde a vida é de sonhar
liberdade.

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É de Lágrima, dos Los Hermanos.

Thursday, October 22, 2009

as folhas deixadas


Ao florar a nova estação
Os seus sonhos parecem abrigá-los
Numa nuvem de coincidências
Numa névoa a alimentá-los

Agora crescendo de novo
Para ver o antigo sol raiar
E mostrar a todos
Que a primavera acaba de chegar.

O Sol as seca,
as fortalece.
As deixa inquietas,
somente à espera.

Tempestades e chuvas,
Chuvas de verão.
Tilindo nas fracas janelas,
Atingem as folhas assim, sem intenção.

Agora assistindo o cair das folhas
Vendo elas desmoronarem
Com o vento sul a soprar,
soprando até elas desistirem.

Em um chacoalhar irritante
Elas parecem nunca desistir
Aguentando até a mais forte tempestade
Até o farfalhar mais agoniante,
Até que a agonia,
Faça-as cair.

Suas raízes permanecem,
no chão a se reforçarem.
Mesmo com neve em suas entranhas,
E o vento Norte insistindo em as assombrar.

Desejam calor, pedem misericórdia do frio cortante.
À beira de chamas de uma lareira.
Se abrigam apenas em discórdia.
Em uma harmonia distante.
Mas a neve parece apenas,
Querer, mais do que tudo, detê-las de continuarem ali.
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Texto que fiz (propício para rimar) para a aula de Artes. Bom, gostei um pouco, mas não satisfez completamente. Ah, à propósito, fala das folhas em cada estação em, começando pela primavera, se alguém não entender.

Wednesday, October 21, 2009

brincando de amor


Hoje eu quis brincar de ter ciúme de você
Mas sem porquê meu coração me avisou que não
Fingi, na hora, rir.
Talvez por aqui estar tão longe de você pra te dizer.

Aquilo que eu temia aconteceu ou foi só ilusão?
Você manchou nós dois e desbotou a cor de um só coração
Ou anda sozinha, me esperando pra dizer coisas de amor?

Pois eu, eu só penso em você
Já não sei mais por que
Em ti eu consigo encontrar um caminho, um motivo, um lugar pra eu poder repousar meu amor.

Quantas horas mais vão me bater até você chegar aqui?
Meu lar deixou de ser aquilo que um dia eu construi
Eu fico sozinho esperando, pra trazer você, pra mim.

Sofro por saber que não sou eu quem vai te convencer
Que cada dia a mais é um a menos pro encontro acontecer
E eu fico sozinho esperando por você, meu bem-querer

Pois eu, eu só penso em você
Já não sei mais por quê
Em ti eu consigo encontrar um caminho, um motivo, um lugar pra eu poder repousar meu amor.

Fingir na hora rir, dos Los Hermanos.

Tuesday, October 20, 2009

deep inside


Some things happened in that cloudy and kinda foggy day. Things that may make sense some day, but not now. Now they don't.
She was in doubt, scared about the future, remembering of the past, of everything she ever lived, of what she suffered. "Happy moments deserve some of my tears", she thought. But she knew it wasn't happiness which had predominated that moment, but it's opposite. The monster of the opposition, and what's worst, the fear of trying was haunting her. It wasn't stopping her. She was stopping by herself. It wasn't making her doubt, she was doubting, again, by herself, what is several times worse. Doubting, thinking. Thinking, she reached conclusions without connection, without explanation.
But then she saw that there was nothing to be explained or understood. Everything was in front of her, she just had to see it clear, in a sunny day. But, unfortunately, this wasn't the case now. 
There was a time that the clouds insisted to cover the blue sky, and she was suppose to blow it away. She must just take a deep breathe. A deep breathe.
She used to hate happy endings, just like I do. So, she blew it. But everything that goes, backs. 
She didn't remember of that. But that's it, it's a storm coming. What could be a suuny and gorgeous day, won't be, not anymore. She called this storm, she must not complain. She regrets. I don't blame her for that. I just wished it wasn't the end. Or I did. Who cares, anyway?

Tuesday, October 13, 2009

três palavras, sete letras.

Estávamos nós em um distante paraíso, e apenas nós sabíamos e podíamos tirar proveito disso. Ninguém mais. Eu sentia ternura ao olhar em teus olhos, desejava-te e queria que aquele momento durasse uma eternidade, ou apenas o tempo suficiente para nós amarmos um ao outro incondicionalmente. Eu queria sentir algo mais por ti, além da paixão em que nossos lábios insistiam em se envolver. Nas montanhas desenhadas de verde, permanecemos, sozinhos, estáveis. O sol parecia permanecer para sempre naquele infinito azul, naquele vento que corrompia todos os devotos, no frio que faria todos ajoelharem-se diante aos seus pés. Nenhum calor, apenas o de meu corpo ao lado do teu, do cobertor que desenhava as nossas linhas, as linhas das nossas roupas quentes, desesperadas para dar-nos calor, esperança.
Segredos, promessas, descobertas. O livro que teimo em ler não parece tão interessante agora, a minha atenção agora é tua, e tua será até que essa dia acabe.
Um violão, várias músicas a soar em nossos ouvidos, permanentemente. Meus dedos desenham as notas a nascer por entre nós, por entre um e outro gole em um chocolate quente e um capuccino extra-espuma. As nossas vozes se juntam em uma harmonia quase esperançosa, desesperadamente procurando paz; achando paz.
Um choque. Um trovão insiste em minha mente soar, um raio em minha visão aparece. Um tempestade está por vir. Não pode ser. Mas momentos bons acabam assim, sem avisar. Esse foi avisado, aparentemente. Não era uma tempestade que estava por vir, e sim o medo, a insegurança. Eles são infinitamente piores, ao meu ver.
Minha face esbranqueceu, minhas mãos e pés começaram a suar, a ficarem frios, tremerem involuntariamente. Meu coração acelerou, estava plausível à situação. Não imaginei que fosse diferente. Teu rosto transformou a felicidade em decepção, em algo semelhante ao medo. Não suportei te ver assim. Eu apenas não havia me preparado, apesar de ter esperado tanto tempo por isso. Três palavras, sete letras e um medo insportável, um agonia irresistível de talvez não poder contribuir à ti.
Eu havia levantado, voltei a sentar. Andei alguns metros, esperei para que algum sinal viesse a mim. Não veio. Não queria deixar-te assim, foi maldade e insensibilidade de minha parte, admito. Mas não tinha rumo, e todos os caminhos me levavam a você. Medi, pensei, refleti várias e várias outras vezes. Descobri. Algo. Que eu nunca pensara antes, mas que as circunstâncias me levaram a acreditar.
Andei de volta, ele estava de algum jeito. Não sei explicar, era uma tristeza decepcionada. Uma coragem desbravada. Quando cheguei ao teu lado, olhei em teus olhos, eu vi a tua alma, teu coração, teu amor. Me vi contigo, apenas. Olhei por dentro daquele mar verde que seus olhos formavam e disse a ti o que deveria ter dito há tempos. Três palavras, sete letras. Por então o mar pareceu, repentinamente, se privar de notar a tempestade por qual acabara de passar, e fez questão de olhar o céu azul. Juntos nossos lábios terminaram, e queria que assim permanececem. Aquele momento nunca acabou, eternizou-se, assegurou-se e em minha mente e coração fez questão de permanecer. Em três palavras e sete letras.
Três palavras, sete letras.

meanless truth.

Não posso mais sentir-te como se fosse o meu último raio de sol, minha última noite de verão. Não posso mais submeter-me à aventuras sem cabimento, inescrupulosas à minha realidade. Não é mais possível que eu te acompanhe, que eu fique ao teu lado. Não há a possibilidade de uma noite a mais, sequer, que eu permaneça nessa fantasiosa aventura. A nossa aventura.
Voltar à realidade será um fardo, pois carregarei uma verdade pesarosa em minh'alma. Uma fantasia apenas. Mesmo não tendo algo comparável. Nada é tçao sem nexo, tão belamente bruto, dificilmente novo. Uma fantasia que dura pouco. Pouco demais para ser considerada um pedaço de realidade. Pouco demais para ser considerada um pedaço de verdade.
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Necessito inspiração.

Friday, October 9, 2009

à corte silente do pesar.


Na penumbra de meus pensamentos apenas tenho medo. Sofro, fico angustiada, quase desamparada. É tudo muito novo, todo esse mundo sem você. Sem a presença de teus olhos a me observar, a acompanhar cada passo meu. Seja ele para direita ou para a esquerda. É difícil não sentar mais ao teu lado e discutir sobre tudo. Discutir sobre nós, sobre o que costumávamos ter, sonhar. Nossos pequenos e inimagináveis sonhos parecem ser o meu mundo agora, meu hoje, ontem e amanhã. Tua respiração ofegante faz-me falta. Teu jeito protetor, ingênuo me diz que ainda estás aqui, comigo. Tua voz insolente e autoritária às vezes vem a mim como uma alucinação, sem nexo, sem motivo. Se te resgatar eu pudesse ainda... Ah, a corte silente do pesar chama-me agora pelo meu nome inteiro, colocando-me culpa, remorso. Isso não me atingirá. Espero ainda poder ver-te, mesmo que isso signifique ao lado de ninguém mais me encontrar. Mesmo que isso tire de mim todos os meus valiosos sonhos, não me importo, pois o único sonho que vale a pena é você.

Wednesday, October 7, 2009

I'll follow you into the dark.


Meu amor, talvez um dia você morra. Difícil aceitar, acreditar que acordarei e não te encontrarei mais ao meu lado. Tão estranho, tão fatal, tão definitivo. O mundo um vazio parecerá sem você a preenchê-lo, um nada, sem nada. O meu coração passará a ter uma profundidade sem medida. Procurarei contigo sempre estar, às suas costas aguardar, um chamado doloroso, agudo, estimável. Vou te seguir até aonde as sombras te arrastarem, te levarem. Até o dia em que pouco de ti restar ao pé de nossa cama, à beirada de nosso lençol.
O dia em que eu te perder não haverá túneis, por onde passarás, nada parecerá com histórias que ouvimos. Portões brancos não te esperarão, não serão o teu ponto guia. Nada de luzes brancas a nos cegar, fazendo-nos perder a visão, não conseguindo penetrar nos olhos de ambos. Nossas mãos se agarrando fortemente, assustadas pela hipótese de perder, de sumir, de virar alguém solitário. Leio as linhas que tua mão lisa e fortemente delicada acompanha. A tua angústia, tua incerteza. À espera estamos. Esperando, aguardando pela sugestão de um fato que venha a nos mover a um lugar menos obscuro e sombrio.
Se ninguém ao teu lado estiver, para te acompanhar, para se despedir, conte comigo. Sempre à sua sombra aguardarei sua palavra final para, assim, poder ir embora. Te seguirei até mesmo em lugares inalcançáveis, apenas para do teu lado me encontrar, para de lá não sair. Sua última palavra, nosso último abraço, nosso último beijo, e trocar de olhares. Eu estarei ao teu lado quando a tua alma embarcar, sem hesitar. 
Há tempos, há tempos em uma escola católica. Tendo que obedecer, agradar, e perfeita ser. Damas de preto iam e voltavam e pareciam inevitáveis às minhas indiscretas olhadelas. Não obedeço, não agradeço por nenhum favor não feito. Afinal, p que faço aqui? Indiscretamente as odeio e tenho obrigação de adorá-las. Que esforço, que desprezo que tenho. Minhas mãos agora são machucadas, e com meu próprio sangue são cobertas. Minhas juntas são desprezadas por aquele pedaço de madeira das damas de preto. Não as temia, não as respeitava, eu apenas tinha a obrigação de tê-las como exemplo e isso me trouxe uma excentricidade fluida de falsidade. Tudo fez sentido um dia, quando uma das sombrias damas disse algo a mim: "O medo é o coração do amor". Lá eu nunca mais voltei. 
Quando o céu e o inferno entrarem em um consenso, em um acordo de que ambos são acreditados por muitos e desacreditados por outros? Decidirão o destino de todos, traçarão o que para muitos será a morte, a perda. Apenas quando eles decidirem que estão satisfeitos. Peço para que eles iluminem os nãos nas placas de 'há vagas' para não me deixar sem rumo, sem lugar. Pra eu, desamparado, não ficar.
Tudo o que é abrigado pelo mundo, foi visto por nós. De Bagkok até Calgar. Deixando as solas de nossos pés gastas, vistas cansadas, corpo agredido pelos fortes e intensos raios de sol, querendo apagar-se do mapa, e aparecer apenas ao teu lado, e só ali existir. Agora é a hora de nós cairmos em profundo sono, sem lágrimas nem confrontos, pois em breve nos abraçaremos fortemente de novo, no mais obscuro dos quartos. Não te deixarei partir, pois contigo estarei, e já terei partido como você, com você.
Minh'alma com a tua partirá, sem companhia, sem hesitar. Te acompanharei até o final de nossas vidas, da nossa era. Eu seguirei você rumo à escuridão.

Monday, October 5, 2009

utopia


Sentindo frio em minha alma
Te convidei pra dançar
A tua voz me acalmava
São dois pra lá, dois pra cá

Meu coração traiçoeiro
Batia mais que o bongô
Tremia mais que as maracas
Descompassados de amor

Minha cabeça rodando
Rodava mais que os casais
O teu perfume gardenia
E não me perguntes mais

A tua mão no pescoço
As tuas costas macias
Por quanto tempo rondaram
As minhas noites vazias

No dedo um falso brilhante
Brincos iguais ao colar
E a ponta de um torturante band aid no calcanhar

Eu hoje me embriagando
De uisque com guaraná
Ouvi tua voz murmurando
São dois pra lá, dois pra cá
Dejaste abandonada la ilusión
Que había en mi corazon por ti
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Dois Pra Lá, Dois Pra Cá - de Elis Regina, outra mulher sem igual. Marcou a vida de todos há tempo e deveria ainda marcar as dos jovens, com certeza. Um exemplo, meu exemplo.

kindly unspoken.

Kindly unspoken
You show your emotion
And silence speaks louder than words
It's lucky I'm clever
'Cause if I didn't know better
I'd believe only that which I'd heard

Kindly Spoken, Kate Voegele.

Wednesday, September 30, 2009

forever and almost always.



Hoje à noite, quando o suspiro do vento assombra meus ouvidos e faz com que a cortina de meu quarto se mova como o alto mar em uma tempestade, eu penso. É a hora de paz no dia aonde tenho tempo para isso. Razão não se emprega em situações como essa. Só penso em ti, é inevitável, quase irreversível. Não quero sofrer de novo, não quero me ver magoada. Não quero chorar meras lágrimas por ti novamente. Quero que estar contigo seja sinônimo de alegria, felicidade, de esperança. Esperança de que nem tudo está acabado ainda, de que nem tudo está à beira do precipício.
Eu te vejo. Tão suavemente lindo, tão diferente, tão você. Influências parecem  gritar em meus ouvidos me dizendo o que fazer, o que pensar. Muitas vezes há coisas que entram em um ouvido e logo já saem pelo outro, já outros não. Tudo corre à favor de nós, da nossa felicidades. Juntos. Ao folhar uma inocente e aparentemente nova revista, lá está o meu horóscopo. Consta nele que devo parar de usar tanto o minha razão e agir mais com o coração. Mas lá não é citado nem por uma vez o quão é difícil ser magoada pela mesma pessoa tantas vezes. Ser decepcionada por quem você confia. Não poder mais ouvir certas músicas para não lembrar dela, não poder sentir o cheiro do seu perfume, sentir o aroma de suas favoritas especiarias culinárias, não poder sequer pensar por um instante. Tudo leva a você, é inevitável, quase viciante.
O simples fato de eu ser livre me leva a pensar em você. Eu ir às aulas, tocar violão, ouvir certas músicas, mesmo ao pegar a minha câmera para tirar novas fotos, tudo me lembra você. Tudo reforça o meu amor por você.
Esquecer não me parece uma resposta ou uma opção. Acho que realmente seguir o croação em uma hora tão difícil seria a decisão mais plausível a se tomar. O vento soprará a meu favor e te trará a mim em crises, assim como já fez antes. O inevitável acontecerá e não poderemos impedir. Por tanto tempo tentei me enganar, mas amores passados sempre voltam, não é mesmo? Sempre. Sim, por mais que eu negue e me negligencie por isso, eu te amo. Não poderei negar nem esconder. Só poderei aceitar, é a certa escolha a fazer.

the good kind


My strength became my weak point
A medicine won’t stop the pain
My name became ashamed
What can I do for it?
Crying and suffering more
This isn’t what I’ve planed
But I can’t just stop the rain from falling down
And to become a storm


A little castle is about to fall
But the wheatear is still warm
What did I plan for it?
To through all this madness
We’ll have to get through our souls and pride
Then we won’t fall for it
I promise you, my love. We won’t.

truth or consequence, say it loud.

Sou birrenta, teimosa, cabeça dura, cara-de-pau, mesmo. Já ralei meu joelho andando de bicicleta por ser orgulhosa demais para aceitar que estava apenas aprendendo a me equilibrar. Já quis cantar na frente de todos e desafinar como nunca pensei ser possível e só ver meus pais na platéia com um sorriso de orelha a orelha, com um orgulho que poderia preencher vidas e espaços impertinentes. Já falei o que não devia ter falado à pessoas que não mereciam tê-lo ouvido. Já fui grosseira, já tive a língua grande demais e usei palavras que não sabia o significado. Já fui magoada por pessoas que diziam me amar tanto, apreciar tanto a minha pessoa.. Já sofri.
Quando brinco de esconde-esconde tenho vontade de fazer xixi. Quando brinco de pega-pega fico brava se tenho que ajudar a pegar. Odeio ter minha opinião contrariada. Não gosto de fofocas. Sou a favor de que o mundo seja, algum dia, metade capitalista, metade socialista, para ter um equilíbrio.
Ainda aprenderei a tocar saxofone, ainda cantarei para uma multidão. Ainda conseguirei perdoar sem sentir ainda, no fundo, uma pequena e maldosa desconfiança. Ainda irei ao show dos Beatles. Ainda subirei em uma cadeira em plena preça pública e citarei Shakespeare.
Não sou muito mais nem muito menos. Não sou nada do que dizem por aí. Sou aparentemente alta para a minha idade, porém não crescerei mais. Tenho longos enrolados cabelos castanhos, mas que no verão ficam cor de mel, e até loiros. Tenho uma perna maior do que a outra. Sou ambiciosa, impertinente. Odeio pessoas que apenas reclamão e nada fazem.
Odeio o meu corpo. Gostaria de ser mais magra, mais bonita. Quero uma pele mais morena, um cabelo mais loiro. Queria saber pintar as minhas unhas da mão direita tão bem quando pinto às da mão esquerda. Quria ser ambidestra.
Sempre tive espelhos e pessoas a me espelhar. Não mudo nada o que sou agora, talvez um dia eu mude pelas circunstâncias. Tenho opinião própria, não sou flexível. Ninguém nunca fez com que eu mudasse de idéia. Não sou persuadível, sou intolerável à ignorâncias.
Sou insaciável, insolente. Qualquer coisa que falem sobre mim, é isso que eu não sou.
Sou uma amiga dura, que faz todos reconhecerem as consequências de seus atos. Eu passo a mão na cabeça ao ver uma amigo magoado. Dou úteis conselhos. Sou dura, compreensiva. Adoro aconselhar, conversar, ouvir. Prefiro não dar a minha opinião, apenas à pedidos.
Desde sempre quis cursar Direito. Sempre quis ajudar as pessoas. Odeio machucar alguém. Não acredito em carma, não acredito em inferno. Eu acredito em justiça.
Sonhos e flashs do futuro insistem em minha mente continuar aparecendo, voltando várias e várias outras vezes. Prefiro não relembrar o passado, porém não quero nunca esquecê-lo. Prefiro viver meu presente pesando o que faço, pesando o futuro. Acredito que cada um traça o seu destino, que cada um tem o controle sobre a sua própria vida. ma utopia talvez, ou um destino pré-traçado por mim. Um caminho a ser seguido, um livro a ser escrito, a noite à espera de seu amanhecer.