Monday, August 30, 2010

Friday, August 27, 2010

if I ain't got you

Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus, juro que não acreditei.
Eu te estranhei, me debrucei sobre o teu corpo e duvidei.
E me arrastei, e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos.
No teu peito, teu pijama
Nos teus pés, ao pé da cama.
Sem carinho, sem coberta.
No tapete atrás da porta reclamei baixinho.
Dei prá maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar.
E me vingar a qualquer preço,
te adorando pelo avesso.
Pra mostrar que ainda sou tua
Até provar que ainda sou tua.


Atrás da Porta, Elis Regina.

all for you


The world I love, the tears I drop
To be part of the wave can't stop
Ever wonder if it's all for you.
The world I love, the trains I hope
To be part of the wave can't stop
Come and tell me when it's time to.

Can't Stop, Red Hot Chili Peppers.

you're not welcome anymore.

There's a shadow over my head this last few days.
How could you be so heartless? You didn't even say goodbye.
Since you walked out the door, loneliness is taking care of me, don't you worry.
Though I can't avoid my heart from aching,
I must stop missing you

And dara rara ra, dara rara, I wish I said goodbye

Thought I couldn't fall without your hand, but here.. I am.
Now you're gone and left pieces of my heart all over the floor.
Will you come home and clean up the mess you've done? After all
The empty corner is waiting for your presence, The wind still blows your perfum.

(música ainda não terminada, e já tem melodia pronta.)

Wednesday, August 18, 2010

com outro par, amor

Já me cansei de ser a última a saber de ti..
Se todo mundo sabe quem te faz chegar mais tarde,
eu já cansei de imaginar você com ela.
Diz pra mim se vale a pena, amor.
A gente ria tanto desses nossos desencontros,
Mas você passou do ponto e agora eu já não sei mais..
Eu quero paz.

Quero dançar com outro par pra variar, amor.
Não dá mais pra fingir que ainda não vi as cicatrizes que ela fez
Se desta vez ela é senhora deste amor,
pois vá embora, por favor.
Que não demora pra essa dor sangrar.
Paz, eu quero paz.

A Outra, Los Hermanos.

Sunday, August 15, 2010

I'll stand by you

Não escrevi. Acho que ainda sequer pensei.
Procuro não sentir, para não sofrer consequência da falta que você faz. Para não pensar no quanto eu sinto sua falta, na tamanha necessidade que eu tenho de você.
E talvez a bobeira de uma carta possa explicar tudo o que você é para mim.
O quanto você foi tudo quando nada eu tinha.
Lembranças. Meras, vagas, vis a assombrar-me. Insistem em não deixar-me esquecer seu rosto, esquecer você.
Nem que fosse esse meu desejo, eu conseguiria apagar você da minha memória, do meu passado. Nem sequer do futuro. Só evito pensar na dimensão da sua importância.
Eu ainda não refleti, nem parei para pensar. Não enxerguei (ainda) o vazio que há dentro de mim. Da minh'alma.
E desde o dia 07 de agosto que não penso mais. Nem sequer no que há de vir.
Hoje parei. Pensei. Repensei. De novo.
Acordei da ilusão. Percebi que por mais que eu adiante o relógio por dias, o tempo não passará mais rapidamente para confortar-me da saudade que desola. Ah, saudade.

Tuesday, August 10, 2010

sweetheart

"Era uma espécie de narcose da vontade, um abandono quase voluptuoso, um desejo de silêncio e solidão. Ela não vivia propriamente: deixava-se viver. Não fazia planos. Não alimentava esperanças."

trecho do livro O Resto É Silêncio, de Érico Veríssimo. 

Sunday, August 8, 2010

ainda é


Mas, egoísta que eu sou,me esqueci de ajudar a ela, como ela me ajudou.
E não quis me separar.
Ela também estava perdida,
e por isso se agarrava a mim também.
E eu me agarrava a ela porque eu não tinha mais ninguém.
E eu dizia: - Ainda é cedo. 
Sei que ela terminou o que eu não comecei.
E o que ela descobriu,
eu aprendi também, eu sei.
Ela falou: - Você tem medo.
Aí eu disse: - Quem tem medo é você.
Falamos o que não devia nunca ser dito por ninguém.
Ela me disse: - Eu não sei mais o que eu sinto por você. Vamos dar um tempo, um dia a gente se vê.
E eu dizia: - Ainda é cedo. Cedo, cedo, cedo, cedo.

Ainda É Cedo, Legião Urbana.

Wednesday, August 4, 2010

heart in a cage

Não quero achar alguém que tenha o sorriso tão simples, majestoso, vibrante como o teu. Não quero encontrar olhos que fiquem a me observar como tu ficavas. Não quero olhar ao meu redor e sentir teu perfume a clarear minha manhã. Não quero lembrar da tua essência. Não quero mais ouvir aquela melodia. É, aquela melodia da nossa música.
Não quero mais fingir felicidade quando ao virar-me de costas, afogo-me em lágrimas.
Não quero mais afogar-me em lágrimas.
Não quero sentir-me só.
Não quero mais viver no escuro, obscuro.
Não quero mais coração, não quero mais sentimento. Não quero mais pulsação acelerada.
Não quero mais olhares indiscretos, viver à sombra de um protagonista. Não quero mais ser a melhor amiga boazinha.
Não preciso do principal papel, não preciso dos holofotes a anunciar minha presença. Só preciso do meu lugar marcado e selado.
Não quero, e não vou, viver à mercê da escolha de ninguém.
Não quero mais saber dos teus clichês.
Não quero mais ouvir falar de ti, do teu passado e futuro. Teu presente em todos os momentos será desconhecido.
Não quero mais a tua presença a arruinar o espetáculo.
Não te quero a esperar-me do lado de fora do teatro. Jogue fora as tuas flores, teu clichê buquet de rosas vermelhas.
Quero jasmins a perfurmar a minha sala.
Não quero mais teu cinismo a amargurar tão doce que costumava minha vida ser.
Não quero mais perder de vista meu caminho tão certo por ir pelo atalho, seguindo rastros do seu cheiro. Deslumbro-me com tamanha ironia.
Não quero mais sentir ciúme ao avistar teu olhar, teu provocar de longe.
Não quero mais saber de teu interesse, que é sinônimo de traição. Muito menos interessa a tua próxima vítima. Por ela sinto pena imensurável.
Não quero mais ouvir tuas mentiras banais. Aquelas que por ti são tão fáceis de serem ditas.
Não pertences ao meu sonhar.
Não mentirei.. Ao apagar a luz encontro seu retrato e coloco-me logo abaixo da lua. E a lua, lugar onde em teus braços senti-me tão segura, faz a lembrança reviver, faz teu abraço insistir a me envolver.
O resto é silêncio.
Não quero o duvidoso fazendo a esperança reacender. Quero o indubitável.
Não quero mais ver tua mascará cintilar embaixo da chuva de inverno, que expulsa de mim tudo o que há de se dizer. Sem dizer nada.
Quero tua presença longe de mim. Quero um dia de paz.
Não quero mais. Não quero mais viver a te esquecer.