Wednesday, December 21, 2011

Poucas palavras. Poucos gestos. Poucos olhares.
Esperança.
Uma noite.
Mudança.

Heaven is a place on earth with you

Vem e me deixa ser alguém contigo. Vem, sozinho, sem preocupações. Vem, sem deixar que nada te contenha. Vem e me ajuda a descobrir a paixão da vida. Vem aqui.. Tu sabes que eu me fechei depois de ti. Resisti, desisti, não insisti.  
Vem, ainda sim, sabes que meu coração inteiro pertence só a ti. Não? Saiba que sim. Vem, que te jogo a chave que me abre, chave pros meus medos, minhas felicidades. Vem, que jogo para ti uma chave para o meu eu. Vem, até mim. Vem, me descobrir inteiro, cada partezinha minha que é tua. Secretamente, por muito tempo, foi tua. Sou fechada, não deixo abertura.. Tu sabes. Porém, acho ao menos engraçado a forma como é fácil me abrir contigo. É simples. Não é difícil ou ao menos complicado como com as outras pessoas. Isso me encantou.. Descobrir alguém para poder deixar minha leveza e meus pesares. Não sentir desconforto algum. Fluidez de uma conversa vazia, mas tão repleta de cada um de nós. Ser, leve e simplesmente até a hora da realidade voltar. Por isso acho que um pequenino pedaço de mim sempre foi um pouco seu. Guardei-me um pouco pra ti.
Vem, agora. Vem e não espera mais.. Porque nosso tempo é curto. Nosso tempo voa. Quem diria que depois desse tempo todo estaríamos onde estamos agora? 
Essa é a nossa hora. Vamos ser, juntos. Nada demais, sem compromisso. Vamos ver como nos saímos. Pelas ruas da cidade, um sorriso no rosto e uma garrafa na mão, de uma alegria que se fez efêmera. Dá pra ser feliz assim, tenho certeza. Contigo ao meu lado, sei que posso mais. Vem, mas me protege. Vem, me abriga e me faz bem. Vem, arranca de mim essa solidão antiga. Vem, preenche meu vazio, que só tu é capaz de fazer. Vem ser o que eu quero faz tempo. Vem, cair de cabeça na vida, sem olhar para trás, vem ter o que queremos. Vem, sem pensar no depois. Vem, viver nossa vida do melhor jeito.
Vem, mais perto. Vem até o meu coração.

Monday, November 7, 2011

segue, que teu caminho é longo

Dentro do nosso óbvio criamos a intimidade dos nossos gestos. Sei que dos detalhes não se lembra, por isso trato eu de lembrar.. Tantos olhares distante, distraídos. Sorrisos de brilho fosco. Esquecidos no silêncio do mundo, tendo nossas liberdades despedaçadas. A medida que fecha a porta, sufocava a lembrança de um amor.
Acabou o encanto.
Vai antes que a memória seja ruim. Vai, menina, abre os olhos, que a porta pro mundo é logo ali. Liberta sua alma presa. Ande sozinha, mas nunca só. E doe por inteiro a convicção da fé.

verás

Na falta, enxergará a falta que faz. Sentirá na flor da pele, a dor de que é capaz. Feita para existir dentro de cada um...
Haverá um dia em que cairá em si todo o pesar que a realidade traz. E cairá junto à ausência da felicidade, a certeza do seu individual. Vai perceber que o sorriso de um ninguém provocará, assim, o seu. E de vez em quando encontrará em novos ares a chance de recomeçar. Descobrir novos mundos todo o dia que vai para o passado aqui atrás.. Trará novos sentidos para dias vazios. E vais ser quando nunca mais encontrar por quê.
Sentir no ar o gosto de estar aqui.

Monday, October 17, 2011

e não é?



Tem mal algum viver assim despreocupado. Meio de lado, meio distante. Um tanto errante. Sem saber ou crer no futuro, ou no que a janela tem adiante.
Ter o relógio atrasado, o cabelo levantado, mancha de batom.
Levar na tranquilidade, com a simples vontade de ser. Estar de bem, assim, quando chegar em casa.
Acho tão linda a despreocupação. A arte de viver sem se importar.

Monday, September 26, 2011

solidão

Cansei de desvaneios, cansei das tempestades. Por maior o tempo que dure a chuva, vamos ficar aqui dentro. Longe do frio, do vento que traz meu cabelo em nós cruéis e ferozes. Castiga meu rosto e coloca nele lágrimas que não chorei. Não, não as chorei. Eu as guardei aqui dentro, e em meus sonhos, em meus cantos as chorei em segredo.  Porque vai demorar a passar a tempestade. As àrvores dançam ao som dos pingos a tilintar a janela da sala. Assim comigo terei algo, dentro de mim acharei a companhia no peso das lágrimas que não chorei.
Não há silêncio. Há um barulho que não cessa. Tão contínuo.
Dentro de mim há somente pensamentos. Alguns tão difíceis, profundos e longíquos. Outros apenas coisas do momento.
Há algo que não deixa a chuva cessar. Creio que devo resolver o que perburba o céu. Descarregarei as pesadas nuvens.
Derramar meu céu tão simplesmente.

bit harder

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There's reality, and then, there's us.
It is quite simple to understand these two things. That's what the entire story is about. There are love stories. There are great stories. There is reality. And, sometimes, things get hard for us.
Sometimes, things get complicated, what was, before, something to smile about, is now something you want to run away from. Sometimes, taking a day off all by yourself, doing the ethernal dolce far niente, is everything we need. Is something that we fight for, we argue for, we end beautiful stories for.
To see a sunset at the beach you go since you were a kid, to walk down your favourite street thinking about nothing, to get to know beautiful people you've never seen before, to have some time to go to new places, find a lovely place in your town, tell your story to somebody else... these are real things we do for ourselves, and nobody else. These things are the details we keep just for us, in particular. For that cliche me, myself and I.
These things are also worthy fighting for. Being happy without being dependent. Looking as far as your eyes are able to reach and smile, knowing you've always been there for you.

quando alguém tira palavras da sua boca. 

live

Through the endless nights, I'll be there. Whenever you need me, I'll be there. I'm always there.

Sunday, September 25, 2011

Sou contrária. Se todos vão para a direita, eu vou para a esquerda. Não me encaixo, tão pouco me moldo para encaixar. Sou assim e não vejo razão para mudar. Quero é melhorar, corrigir e superar. Manter a minha essência, meu eu, o brilho no olhar. Minha cabeça é aberta para o novo. Tenho minhas manias, meus enganos e meus erros. Meu passado atrás de mim, e meu futuro à frente. Minha verdade se sobrepõe, meu amor prevalece. Eu preciso de cuidado, e preciso pertencer. Tenho um vazio dentro de mim. Eu falo o que condiz, o que convém. Tenho momentos pequenos. Momentos bonitos e únicos. E dou valor às poucas pessoas especiais. Conheço a solidão. Valorizo a felicidade e os frutos de um sorriso sincero. O que importa é a tranquilidade de uma vida plena. Vida simples. Sonhos tão altos quanto o céu. Horizontes distantes.

Monday, September 19, 2011

Volta?
O dia meu, a manhã vazia, a ausência petrificada, os sonhos de pão-de-ló.
A presença quebrada, as mãos frias, os óculos embaçados.
A alma profunda, as notas agudas, estar aqui só.

Wednesday, September 14, 2011

heading north

Dei alguns passos, saí da sombra. Fui em direção do sol. Andarei. Eu aviso quando chegar.

trouble sleeping

Estou tendo problemas para dormir. Insônia constante.
Você está na minha cabeça, e nos meus olhos ao fechar. E dentro da escuridão da minha noite, sua imagem paira por segundos.. E nas minhas promessas digo que você desaparecerá.
Meus pensamentos não param. E resgato todos os detalhes presos na minha memória. Algo que a insônia sabe fazer é recordar. Lembro do que você disse, e um filme passa dentro de mim.  Até que canso de lembrar e dou asas à imaginação. Fico a pensar em como seria tudo com verdades retorcidas. E gosto da fantasia, não sei por quê, há algo em mim que muda. E dói, mas gosto da mudança, porque por dentro algo em mim floresce. Deve ser algum sentimento parecido com esperança.
Nos meus sonhos você ainda está.
Me pergunto quando conseguirei dormir bem. Espero que chegue logo.

Wednesday, August 24, 2011

#1

O mundo é belo. E com todas as verdades, e mesmo sabendo de tudo, o mistério ainda está lá. A vida não perdeu seu mistério, seus detalhes continuam tão perfeitos. E mesmo cercada de tanta oposição, a vida, de uma forma magnífica, fica a percorrer um círculo. Seus eternos encantos ficam a rodear. 

Acredito que a vida é bonita. Posso jurar.

além

Pertencer. Belamente e de forma natural. Pertencer a algo maior que existe. Sentir que realmente "faço parte". Desde cedo tive essa sensação de ser do nada. Por motivos que não importam e outros que desconheço, sinto que não pertenço a nada nem ninguém. Isso fizera com que eu me tornasse difícil. Preciso tanto.. Gosto de me dar em inteiro a algo a qual eu possa pertencer. E não pertenço.
Tenho solidão. Quero a graça em ter essência. Só tenho corpo e alma. E faz falta saber ser. Não sei mais como..

Monday, August 15, 2011

indelével


Eu me lembro bem de olhar pela janela quando o tempo não passava. As árvores passavam com pressa, se esvaindo rapidamente, enquanto os grandes morros moviam-se lentamente. As curvas da estrada agonizavam minha ansiedade. Impaciente, eu incomodava perguntando quanto tempo faltava, "é pouco, já estamos chegando". E quando realmente chegava, procurava entre prédios e casas. Procurava aquela pracinha, a pequena igreja, os pombos, o frio.. Procurava algo que eu conhecia e que me levasse a quem eu tanto queria. Procurava dentro da multidão rosto do qual sentia tanta falta de olhar. Quando encontrava, saía correndo, para o aconchego de um abraço.
Seu rosto antigo, com marcas de uma vida plena, longa. Trazia em si essa alegria natural, seu sorriso a transmitir essa simpatia confortante. Seu jeito querido, de mãe, de mãe três vezes. Suas histórias e sua graça interminável fascinava qualquer um que teve a sorte de a conhecer. Tão bem quista em razão de todo o bem que levava por onde passava...
O crochê que a senhora me ensinara a fazer ainda está ali guardado, sem terminar. E as saudades apertavam no verão.  
O alicerce da alegria que em mim veio a florescer, é fruto de lembrar do seu rosto alegre. Das suas graças; suas tardes a ler na sala de televisão, o pedido de um copo d'água quando já lhe cansava ir até a cozinha, seu abraço carinhoso... Os detalhes e as lembranças tão reais e presentes na memória... Nada disso desaparecerá.
Sua novela era às 6 e seu café descafeinado. Seu coração sofria de problemas e isso ainda não foi suficiente para prejudicar todo o amor que ele tinha; creio que os problema era ela ter um coração grande demais.
E o tempo a não dar trégua, foi enfraquecendo suas forças aos poucos. Como o vento, leve e suavemente, o tempo foi levando sua joviedade.
As marcas em seu rosto permaneciam... Afundavam-se e aumentavam.
Suas mãos procuravam apoio e sua voz chamava por nós.
E em um dia aberto, com o sol no topo do céu, foi-se a mais bela pessoa que eu conhecera. Foi com serenidade, como vento que sopra aqui...
E agora deixa saudade da sua felicidade, do seu amor e carinho. Há lembranças estampadas em fotografias em todo lugar que vou, e isso acalma a saudade quando ela aperta. Faz lembrar da sua força, da sua garra e da sua bondade. Dessa plenitudade e beleza em amar viver. Dona Neusa, a senhora é eterna em nossos corações. Eu amo muito a senhora. Não há como esquecê-la, jamais.

(12-07-2011)

(..)

Será que sonhei demais e esqueci a vida? Me transtorna tudo o que anda acontecendo, o que virá a acontecer. Transtorna isso ser incerto, e essa incerteza corrói cada parte ainda viva ao momento que passo a pensar. Sonhar... e nunca parar. Tão bom que é.
Pensar no que poderia vir a ser, tão facilmente. E com a cabeça sobre o confortar do travesseiro, sonhar, e ainda acordada, pensar, com olhos abertos, cansados, em como a vida deveria ser.
Em que a vida transforma os sonhos?
Eu não sabia, mas meu problema era sonhar demais, pensar demais, achar demais. Isso virou decepção durante um tempo. Porém agora é só tristeza mesmo. Aguda, profunda e sublime.

someone coming to save my life

Isso que você faz comigo. De trazer a mais repentina e inesperada felicidade para dentro do coração. Com um olhar, uma conversa. Com um sorriso, destrói todo o meu mal. Isso de arrancar de mim o melhor. Isso de entender meu jeito, e não querer mudá-lo. Isso de ser como eu. Isso de fazer com que eu sinta a dor aguda dentro do peito. Isso de me fazer tão bem. Isso de me deixar feliz. Isso de ser quem eu preciso toda vez. Isso de estar aqui. Isso de perguntar como eu estou, como vão as coisas. Isso tudo é o que faz com que eu me perca cada vez mais em você. Isso que faz-me ver que existir é muito mais. Isso que você é.. Isso deslumbra. Isso encanta.

stop by

Estou sozinha. A noite tem candura em seu esvaiar de ventos. Vago pela tentativa de pensar com coerência. Quero encontrar-me. Quero encontrar razão.
Mas o que restou foi a solidão, que entorpece o mais convicto pensamento, aquieta a mais bela voz; esquece do que um dia foi meu.
Traz para a noite uma tristeza sem dor.

Monday, July 25, 2011

mácula escura

Sei que da minha demora para escrever. Sei o quanto custa eu dizer o que se passa, o que acontece aqui dentro. Uso a falta do tempo como desculpa para esquivar-me. Esconder-me em meu lugar. Deixar um espaço só meu, deixar que só eu me conheça por inteiro. Às vezes me pergunto o quão real ainda sou, a quantidade de verdade que sobrou em mim.
Não acho sagaz essa abertura.. Ou simples. Ou sincera. O efusismo das pessoas levou-me ao extremo do oposto. Leva tempo para me descobrir. Esse tempo leva um pouco de mim para longe, até onde eu não consigo mais alcançar.


Há algo que esse tempo não irá curar.. Essas partes vitais que foram tiradas de mim e fizeram com que eu criasse essa barreira entre eu e o mundo. Sei bem da existência dela, eu mesma a construí. Fez com que eu preferisse a solidão. Fez com que eu decidisse o que é melhor para mim.

they'd only remind of you

    A manhã tem um brilho ofuscante, com um céu azul provando seu dispor em aparecer. Transcende alegria e clareza. O sol no topo do infinito aconchega as solidões. E até mesmo quando cai a tarde, a paisagem clara e branda continua indelével, sem comover-se com a chegada da noite. Continuou sendo bela, intocada pelo tempo.
    Fazia tanto tempo que eu até havia esquecido de como sorrir. Com o silêncio envolvendo todo o meu melhor, deito-me tranquila. Desconsidera o que o mundo guarda para amanhã, fique aqui, fique em paz. Fique comigo.

no harm

In a warm windy day, we run away from routine. And through the highways, we move lonely, fastly getting away from where we were at. The hills conspire and bring us some cold, an amazing day with all these trees.. and the sun in our eyes.
Enchanted by the new, our eyes are amazed. Our youth is breathing through our own lungs. We keep smiling while having this unforgettable great time. Away from what is wrong and troubled and undone. Living the beauty of a sunny winter day on the countryside.
While walking on the hills, I can't help getting breathless. The sunset was so gorgeos that I refused to believe there could exist such an incredible natural view. I was cativated by the greatness of this evening.
We were surrounded by this unbreakable happiness of the moment. Why would this ever have to end? This simple moment could last forever. All good things in life should be eternal.. But life doesn't want us to get attached when it comes to smile.
In the end all we do is missing this moment, wishing they would never end, even though they always do. We miss the laughing, the pictures, the fun and mostly the people surrounding us with their presence and only.

When I think of this moment I wonder where you were, and I remember you weren't there. A have not a single trace of doubt that I can live without you, certainly. 


Though I am not certain if I want to.

36

Por que coisas ruins acontecem com pessoas boas? Pessoas gentis, generosas e de bom coração. Pessoas honestas e amáveis. Pessoas que não devem nada a ninguém. Pessoas que pensam no outro, pessoas de bem.
Por que existem as tragédias? Elas têm o poder de desmembrar um sorriso no rosto de uma pessoa. Tragédias doem e são como uma cicatriz. Tragédias permanecem em nós, adentram nosso bem estar.
Pessoas de bem existem, e clamam por um espaço.
Quero o por quê, respostas, quero claridade, um dia brando de sol e céu aberto. Quero o que sei que não terei. Quero o por quê. Mesmo sabendo que não adianta perguntar..

(desabafo)

Friday, June 24, 2011

memórias

São nada mais que folhas de papel que contam uma história. Linhas preenchidas com o momentânio. Fotografias recortadas, coladas umas sobre as outras. Letras avulsas formando palavras aleatórias. Soltas entre si, são páginas que se completam; unem-se para formar um só. Um caderno simples, de capa vermelha. Tão rígido como o mar. Parece sereno e vazio; mas dentro dele há um história realmente intensa. Ele carrega as verdades e esperanças de uma menina tranquila.
Ela que, em dias suaves, tem crises de riso constantemente, e sua alegria contagia todos os que estão perto. De incontestável felicidade, vive ela. Passa todo o tempo que tem a sorrir. 
Ela tem outros dias.. Aqueles em que ela prefere ficar sozinha, com seus fones de ouvido, e então permanece dentro da tranquilidade e quietude do seu mundo. 
Ela possui a incerteza do acaso. E em si, a marca do horizonte que deseja alcançar.
Com suas histórias, ela inspira-se e deixa-se inspirar. Ela é detalhista. Nada nunca está perfeito, sabe?
Com apenas um gesto, ela quis concretizar e perpetuar suas memórias, seus momentos e idéias; seus pensamentos aleatórios e profundos sobre o céu, a terra, o mar, a vida, as pessoas e a cidade. Sobre a felicidade, simplicidade, serenidade. Sobre ser. Sobre viver.
Páginas que têm nada mais que a singularidade de um alguém. Um alguém.

colour my life with the chaos of trouble

O som do piano toca em meus ouvidos. Meus pés seguem, sem buscar nada. A música assume meu pensar, invade a razão, essa que deixei do lado de lá. O altos e baixos em meus ouvidos são uma fascinação singular. Um instante posterior.
Há tanto ao meu redor. Há tantas pessoas, rostos velhos, rostos novos. Há uma rotina, uma linha reta sendo seguida pela razão, o consciente.
A emoção toma o controle e o espaço; desestruturando um caminho linear. O pulsar do que há dentro me mim, tão simplesmente clama por existir.
Há tantas pessoas, um lugar invadido por uma única atmosfera.
Uma multidão de olhares fixos. E o meu olhar desvia. E procura. E se perde. Em multidões meu olhar procura somente por você. 
E quando você, esse não acha; a música cessa num relance, o pensamento se transforma. A noite vira o breu que a ausência traz. Acende então uma luz que transcende o paralelo de ter você. Um universo de palavras que voam na minha mente. As notas de uma sinfonia pulsando sem parar.


(25.03.2011)

all tomorrow's parties

Os dias aparentam lamentar o tempo, sem preocupar-se em passar rápido. Navegam entre ruas e becos. As semanas passam com movimentos repetitivos e maçantes. A cada instante muda um detalhe; mas tudo é ainda tão igual. Caí na tranquilidade de uma rotina igualitária, calma como a primavera. Uma vida indiferente perante milhões de vislumbrantes outras. Onde encontrar aquela maravilha, tão explícita e fácil de alguns? Aquele detalhe.
Confesso ter medo dessa rotina. Temo afogar-me nela. Odeio a vil normalidade que me acerca. Normalidade que deixa o ar da cidade pesado e rarefeito, trazendo em montes, partes de mediocridade. Normalidade que sufoca-me, quando se junta com essa atmosfera irrespirável.
A rotina é uma falsa idéia que tem-se de viver, quando a própria é exatamente o contrário da vivacidade.
Essa indiferença é o mesmo que falar de uma importância, relevância nula. O meu maior medo é viver uma vida vazia. Ser apenas mais alguém. Viver à sombra do próprio mundo.


(rascunho)

Monday, June 20, 2011

blowin' the wind

Ficar aqui é como remoer o ontem e o antes, e antes disso. Não dá mais para agir sempre assim, com indiferença. E agir assim, como se não precisássemos de nada mais que isso. E tu podes dizer o que quiseres, que nada vai mudar..
Não olharás a mim jamais do jeito que eu sempre quis. Nunca farei os olhos arderem de paixão. Ou as mãos ansiarem o próximo toque. Porque há algo entre nós; algo que impede que sintamos a mais verdadeira forma de amar.
Não vou abraçar o ontem da forma que te abraço. É verdade, teus olhos encaram o fundo da minha alma, agora que estás na minha frente. E esse olhar que desejo tanto, meus olhos nunca haverão de encontrar. Meu coração nunca haverá de sentir.
E hoje, agora, mergulho na profundeza da noite. Fico aqui, sozinha comigo. Sou deixada com suspiros em sonhos e idéias de como a felicidade deveria ser. E, por dentro, grito, com medo do escuro que me acerca. Dessa imensa escuridão que me cerca.
Durante tanto tempo acreditei tão cegamente que tu eras meu ontem, hoje e amanhã; o certo para o que meu coração envolve. A causa de um sorriso, o por quê do mesmo. A solução do mal do mundo. Contudo, minha dor é extrema. As lágrimas estão se formando sob as minha pálpebras fechadas, e já não sei por quanto tempo poderei segurá-las. Não sei se irei segurá-las, como fazes tanto.
Teu sorriso se esvai com o tempo, e nós com o vento nos destroímos. Não há mais nada perto de mim. Não há mais nada ao alcance das minhas mãos.
E então deixo-te com minhas histórias e verdades. Deixo-te minhas fotografias, minhas idades. Deixo-te com um passado indelével e veredicto. Digno de assim continuar.
Porque em nem um dia sequer eu disse que ficaria até o final. 
Nunca quis assistir a esse fim. Quando ambos sabíamos como o fim seria. Quando ambos sabíamos como o fim sempre é.

Monday, June 13, 2011

and you

Meus pés não tocam o chão, e ando sobre uma imensidão vazia. Sobre o nada. Eu me segurava no que não mais existia.. Num passado enterrado, distante de onde eu agora estava. O universo muda. Tudo está em uma mudança constante. O passado fica, se vai.. desaparece. As pessoas que estão ao nosso redor mudam, e as que nós sequer falamos, também. Nossos amigos mudam, nós mudamos. O nosso amor muda. Flagro-me pedindo ao tempo que as coisas não mudem. Há dias onde tudo poderia voltar a ser como era. No entanto, tudo sempre mudará. Por mais que se deseja que elas continuem como eram.

Sunday, June 12, 2011

caira

Uma construção. Formada de tijolos, um sobre o outro, fazendo paredes. Os tijolos eram fracos, as paredes balançavam; era tudo uma fantasia. Não tinha mais estrutura, perdera as forças, perdera seu realismo.
Não foi um susto, uma surpresa. Foi apenas uma luz que parou, e ficou a brilhar aos pouquinhos, reluzindo suavemente o caminho. Eu a conhecia. Ela sempre brilhara, mas antes ela era uma luz forte demais antes, muito intensa; chegava a cegar as verdades.
Meu pensamento estava submerso, e encontrava-se sob as fantasias, e ingenuidade, e sofreguidão. Essa luz havia tirado a visão de meus olhos. Agora ela mostra novamente cada verdade antes renegada.
Foi um momento de claridade, eu vi que não havia mais nada construído, tudo estava no chão.
Eu vi que havia acabado há tempo, só havia tirado um tempo para ver se era verdade. No fim, era mesmo. verdade. Ela caíra sobre mim como um ponto final.

Tuesday, June 7, 2011

(365)

Não adianta esperar o momento certo. Não há momento certo. Nós tornamos do momento o que ele é, e por isso eles serão lembrados como certos. Não espere o momento especial, não há por que esperar. Aproveite o melhor que a vida tem, o que cada instante proporciona. Pare com a preocupação, pare com a cautela. Viva intensamente, da forma mais verdadeira que pode haver. Mergulhe de cabeça na vida; em um momento qualquer. O tempo não para por ninguém. O tempo pode ser cruel, então não deixe que ele seja. Corra atrás do que lhe traz um sorriso no rosto. Mergulhe no agora. O depois virá.

agora

Textos não precisam ser formais e ter palavras que nem o dicionário entende. Textos simples, frágeis, leves não requerem pontuação certa, vírgulas, exclamações. Desabafos não precisam de gramática. O que eles precisam realmente é de sinceridade. Detalhes de uma ferida em aberto. Às vezes, só às vezes, tudo o que um texto requer é vericidade, espontaneidade; se bem que todos os textos poderiam ter - nem que seja uma fração - de verdade. O que é importante é ter guardado na estrutura das suas linhas o maior valor: palavras de um coração verdadeiro. 
Grafia, as pessoas podem corrigir; vírgulas podem ser adicionadas, cortadas; exclamações e interrogações podem ser substituídas. A verdade, no entanto, ou tem-se ou não. Não há meio termo, não há meia verdade.
Não deixe para mais tarde o que sua voz pode dizer agora. Tudo o que você disser nunca sairá no mesmo tom. Tudo o que você vier a escrever, carregará a essência momentânia da sua alma e de seus pensamentos; carregará a verdade do momento, no momento.

Sunday, June 5, 2011

candles.

There are those people who make you smile all the time. Those who say exactly what you needed and mostly wanted to hear. Those who are unique. Those who say the truth, whether you'll be glad or not. Those who are broken-hearted. Those who can see underneath your body, reaching what's inside your heart, the treasure inside your own soul. Those who wear a frown to desguise themselves. Those who are scared of what the future holds. Those who run away from the haunting of the past. There are those people who keep running away from reality. Those who try to keep you from doing what you love the most. There are those who are evil fighting good. Those who are the good fighting evil. There are those people who are destined to greatness, those who are good-hearted and those who don't see their unmeasureable value. Those people who wish you the best, unreservedly. Those people who are the best and don't even know it. Those people who bring the best of you. Those human people. Those who are always around you, trying to be a part of you life. Those people who, even though half the world away, are still here. Those people who make you smile, 'cause you know they'll always be there. There are those, those few people, you love. And that love overreaches all barriers. It erases distance.

you don't know, do you?


You look so beautiful under the moon
as the wind blows away our crisis
your eyes just turn even greener
then my heart crashes down.

I wasn't there at all
I was only a blur, a whisper
Watching the day as it fades.

What happens when
My best is not good enough for you?
Still I'm anything at all
Though I'll wait, I'll hope
I know you'll see sometime that
I've been here, for the whole time.
'Cause now you don't know, do you?

We live apart, though we used
to always see the same sunset
You use your head too much
Why don't you see me there?

What you see
when you look at me?
Do you remember me before you go to sleep?

What happens when
My best is not good enough for you?
Still I'm anything at all
Though I'll wait, I'll hope
I know you'll see sometime that
I've been here, for the whole time.
'Cause now you don't know, do you?

Our silence, our words..
One and only.

What happens when
My best is not good enough for you?
Still I'm anything at all
Though I'll wait, I'll hope
I know you'll see sometime that
I've been here, for the whole time.
'Cause now you don't know, do you?

Sunday, May 29, 2011

value


Às vezes tenho vontade de esquecer da minha própria existência para poder sobreviver à esse mundo. Ao sufoco dessa atmosfera carregada de hipocrisia. Tenho vontade de esquecer da minha existência, para sobreviver; quando quem deveria sumir, é o resto.  Cansei dessas pessoas.
Por vezes isso me motiva, dá-me um motivo a mais para lutar contra tudo isso. Às vezes eu me pergunto se há rebelião ou honestidade; me pergunto se há qualquer coisa que possa salvar as pessoas de quem elas são. Me pergunto se qualquer luta resolve.
De qualquer forma, eu prefiro viver por aquilo que vale a pena.

myself and I.

Meu eu-lírico fora arrastado para longe, um outro alguém se apossara dele. Corro para tê-lo de volta. Eu o achei.. Ele não está diferente, entretanto mudou. Não usa as mesmas palavras, parou com as vírgulas. Tem manias que eu desconhecia.
Eu quero ter ele de volta.
Meu quarto, minha bagunça, minha sala, meu cobertor. Quero dormir do lado de sempre. Meu relógio, meus horários.
Quero minhas músicas, meu perfume, minha manhã. Acordar de mau-humor, reclamar de fome antes do meio-dia.
Dizer que escola é pretexto para encontrar os amigos, sendo o contrário.
Quero encarar minhas verdades.
Meus óculos, minha intimidade. Meu saber, minha timidez. Minhas tentativas e minhas perdas. O universo pequenino, meu.
Quero meu guarda-roupa, meus sapatos e cachecóis. Quero meus tênis e minhas camisetas. Quero meu cheiro.
Meus clichês, minhas vírgulas. Meus livros e minhas frases formadas. Quero o que eu escrevo, meus versos, meus poemas. Quero meu violão, meu piano. Minhas partituras, minhas cifras, minhas tablaturas.
Quero meu drama. Meu eu.
Voltem, palavras. Volta, eu.

Friday, May 27, 2011

way up high or down low

Saio de casa, não olho para trás. Desenho um mapa só meu, onde os caminhos são incertos, os atalhos que escolho são longos. Cada pegada que meus pés marcam  no chão, soa como afirmação. Passei por aqui. Meus pés voam. Flutuam sobre a estrada de um futuro tão incerto, que persegue minha liberdade e minha indiferença.
Percorro as janelas de um vagão solitário de previsões; incerto e quieto.




As janelas que a alma desconhece.


Corro mundo afora procurando por algo que desconheço. O infinito na ponta dos dedos e ferocidade no olhar. Encontrar importância naquilo que vocês vêem é vil, eu quero é o que realmente importa. Saí para ser alguém novo em algum lugar qualquer; sem nome, idade e identidade. Ser novo. Saí do confortável com o propósito de descobrir, ver, realmente, a consistência e o gosto da vida.
Vou à busca de um tempo que não pertenço; tempo esse que não é meu. Busco conhecer-me. Saber de longe qual o meu cheiro, minha essência; meus jeitos, minhas manias. Conhecer o que sou, não esquecer o que fui.
Quero maturidade, quero que minha casa seja onde quer que eu esteja.
Não só busco, como almejo ir longe. Para longe; com a vista dilatada pela real dimensão de um mundo tão pequeno no livros. Um universo vasto. Um futuro não tão distante assim.

adeus

Que os passos de seus pés que oscilam ao caminhar, não impeçam você de ir onde você precisa chegar.
Que sua fé dure até mesmo no mais dubitável momento. Que suas esperanças se renovem a cada dia que nasce. E que seus olhos brilhem sob a luz do sol de primavera.
Que a dor lhe motive ao bem. Que as injustiças lhe motivem a lutar. Que você sinta a chuva escorrer pelo seu corpo, e que você veja o dia amanhecer.  Que você durma sob a lua e as constelações.
Que o tom cinza da cidade não impeça que você saiba que há aquelas milhões de estrelas por trás de um mundo céu entristecido. Que você ame além do tamanho do seu coração.
Que você saiba ser justo. Que você saiba ouvir, respeitar e compreender.
Que o mundo não lhe encha de mentiras; que você fale verdades. Que as flores ainda tenham o mesmo cheiro para você senti-las.
E principalmente, que você nunca desista de quem é. Afirme-se. Tenha os pés no chão.
Que você viva; que você saiba viver.

Tuesday, May 24, 2011

now I run from you

Sabe, tenho tanto a dizer. E por pensar, não disse. São coisas complicadas que não são fáceis de dizer. Coisas que opõem a simplicidade. Essas coisas que envolvem tão pouco, deixando um estrago enorme.

Deixo essas coisas caladas. Por ser muito difícil dizer, e mais difícil então de ouvir.

tained love

Lembre-se: não há um número suficientemente grande de quedas que impeça alguém de levantar.

impermeável

Ela dava um jeito de entrar no mais profundo silêncio, e lá encontrava seu maior ponto de verdade. No ápice do silêncio ela conseguia paz. Porém o mundo a acorda dessa paz; incontáveis vezes.

Saturday, May 21, 2011

quem sabe

Isso não lhe desvendava o segredo da alma. Por que era que as criaturas sonhavam? Por que odiavam? Por que tinham medo?






O Resto É Silêncio, Érico Veríssimo.

Monday, May 16, 2011

O que faz a diferença no nosso dia é aquele detalhe, aquela singela melodia na manhã, o vento dançando com as árvores; as folhas de outono caídas no final de tarde, caindo o sol nas montanhas do fim da estrada. Aquela linha tênue entre realidade e sonho. A magia quando ao acordar, ver que é real aquele sonho. Aquele sonho antigo que se repetia de tempos em tempos. Ele é real. Aquele sonho, aquela alegria, aquele detalhe.. 


Pode ser real. 

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Você tem um sonho? Então coloque ele dentro do seu coração. Tenha fé; acredite que ele se realizará. Eles dizem que sonhos não se realizam. Dizem ser irreais, mentira e imaginação. Eles não acreditaram; Sonhos se realizam, sim. Todos os dias.
Sonhe, logo acredite.

Wednesday, May 11, 2011

como são

- Não acha seu raciocínio muito simplório, Roberto?
- A verdade é simplória, doutor Barreiro.
- Talvez, talvez... Mas não pensa que a sede de lucro, o desejo de posse, é uma coisa que nasce com o homem?
- O apêndice também nasce com o homem, não é?

Aristides sorriu.


O Resto é Silêncio, Érico Veríssimo.
Eu espero, sem pensar nada. Penso que a felicidade, fé ou esperança irão me alcançar. Mas não. Elas ficam paradas, esperando.

Wednesday, May 4, 2011

firmação

Há momentos que não esqueço, de jeito algum. Eles continuam a me assombrar, como um lembrete, uma cicatriz no passado. Meu passado chega a doer.
Já chegou um momento em que desisti um pouco de tudo. Desisti de me importar com o que acontecia ao meu redor. Quis ser egoísta. Vivia de um jeito vazio. Isso não durou muito. Não era meu isso. Não quis ser assim. Decidi que não seria.
Havia um vazio, consumindo um pouco de mim, a cada dia mais fundo, adentrando todo meu ser. Tornar-me vazia não iria reverter nada daquilo.
Aprendi a conviver comigo, aprendi a esculpir em torno do jeito meu. Sem perder minha essência. Sem perder o que faz com que eu seja.. eu. Porque pior do que sentir-se perdido é não saber encontrar-se. É não saber encontrar aquele alguém que já se foi um dia. 
E quando não se lembra quem se é.. já foi. É como sentir-se no lugar de outro alguém.
Há momentos de certeza.
É esse o momento, tal qual nossas convicções são tão fortes, nossa visão clara e nosso instinto aguçado; esse é o momento de ser, mais do que em qualquer outro.

chove

Minha voz falha. Já chamei, clamei, gritei. Você não apareceu.

Monday, May 2, 2011

ausência

O mundo carece de de compaixão. No mundo, falta ser humano.
Faltam pessoas boas. No mundo falta a ingenuidade genuína de uma criança. Falta a fé.
Falta tempo. Há relógios demais no mundo. Falta espontaneidade e diversão.
No mundo faltam sorrisos.
No mundo falta honestidade.
No mundo falta viver por aquilo que se morreria.
No mundo faltam fatos.
O mundo está carente de aconchego, de um colo, de uma janta.
No mundo faltam vírgulas, que são mais como um piscar de olhos.
No mundo faltam pontos finais.
Falta melodia no mundo. Trilha sonora.
No mundo falta a presença.
No mundo faltam vozes. No mundo falta a verdade.
No mundo faltam almas gêmeas.
No mundo falta o inesquecível, falta a razão. No mundo falta a mágica.
No mundo falta.. tanto.
Há um excesso de pessoas. O que falta é ser humano. Pessoas humanas. Humanidade.

Friday, April 29, 2011

'till everyone is singing

Esperar pode demorar. Esperar por algo, alguém, um momento. Pode demorar mais do que se espera. Pode cansar. Não há um limite de tempo. Esperar pela verdade. Quanto tempo se deve esperar pela verdade?
Digo, esperar não faz mal algum. Deve-se entender por quê se deve esperar porque às vezes as coisas demoram para acontecer. Nós transformamos fatos em segredos, palavras em códigos.
Acho que em qualquer outro mundo, nós não iríamos ter que esperar pelas coisas simples. Não haveria complicação. Nós fazemos do simples o complicado.. então vem a reclamação.
Eu gosto do simples e do que é real. Basta somente a verdade, que logo vem e se aconchega toda uma facilidade junto.. Eu gosto do simples.
Cansa às vezes ter a possibilidade. Fácil é o concreto, o certo. Certo de certidão. Navegar é certo. E com o simples balançar dos mares..
Gosto é do simples que se vê.
Por um mundo com simplicidade.

Saturday, April 23, 2011

primavera

Ela não é tímida. Gosta do bom gosto. Gosta de dançar. Ela é apaixonada pelo pôr-do-sol. Ela ama o viver. Suas flores preferidas são rosas brancas, acredita em histórias. Ela sente saudades. Ela ama espetáculos, apaixona-se pelo simples. Ela é feliz. E hoje é o seu dia especial, ela completa mais uma primavera.

Sunday, April 17, 2011

where no one knows

Tão improvável que é quase impossível: um sorriso. Depois de tanto tempo havia até esquecido como era, como se formava e por quê. Deve ser resultado dessa alegria se formando aqui dentro.. Então vem o costume, com a frequência que ele aparece. Silencioso e pequenino, faz o bem-estar de uma alma.

Sunday, April 3, 2011

the tide that left and never came back

É um tanto quanto assustador quando nós vemos que o mundo que nós víamos nos livros é, realmente, tão grande quanto ouvíamos dizer que ele era. Nele há bilhões de pessoas, sociedades, desigualdade, injustiça, compaixão, tristeza, morte, vida, alegria, carnavais, caravanas, palcos. Ver o que se passa por cada rua assusta um pouco, dá-nos um pouco de realidade.
Considerando a imensidão em que andamos, é tão amplo o caminho que traçamos a cada dia. E é improvável haver uma recordação de todo e cada dia que se passa, sendo ou não importante.
Nós perdemos coisas durante esse caminho? Sem dúvida. Nessa caminho, perdemos quem nós somos ou quem costumávamos ser? Perdemos as pessoas que sonhamos ser? Perdemos aquela memória?
As possibilidades são vastas.
Eu me perdi durante o caminho. E sei que quem andou por esse caminho, muitas vezes, não era eu. Definitivamente não era eu.
Nessa jornada, trata-se de fazer escolhas. Conscientemente ou não. E essas escolhas vão definindo a linha tênue entre a pessoa que queremos ser e a pessoa que seremos.
Às vezes nós andamos sós, às vezes estamos entre tantos e ainda mesmo, sem ninguém. Alguém pode tomar o seu rumo, às vezes você pode tomar o rumo de alguém. Às vezes, conquista-se tudo o que poderia ser desejado.. mas perde-se muito mais. Porém, não se pode perder o por quê de estar vivendo.
Eu perdi meu caminho.. eu me encontrei. Porque, se eu me perder, onde irei achar-me?
O mundo é grande. As possibilidades são vastas. E a vida é uma só.

101

Dream a little dream of me.

7

They say it's spring, I could make it fall. In the loneliness of the house, silence keeps screaming fear. 'Cause I get breathless in here, get me out. Get me out, I can't stand here. I can't stand silence. It brings me what I want to forget. It brings truth, bitter truth. It brings out our memories. And it comes in all shapes and sizes.