Thursday, May 27, 2010

sem ter por quê

Os olhos se deixando fechar, o sono invade cada parte da alma.
Mas minha cabeça não para de aclamar novamente o dia de hoje.
Imprevisível tu és, deste provas suficientemente grandes disto.
Um dia amas uma, outro dia és apenas amigo.
Não vou esquecer da ilusão que tu foste, que és.
Pensar que tu poderias mudar, colocar seus sentimentos num lugar honrado, foi esperar demais.
Parece que temes que alguém algum dia alcance seu coração, e lá permaneça.
Não deixas ninguém lá entrar.
Mas entra no de todos.
E os revira, confunde, bagunça. Tens o poder de transformar um sentimento bom e puro em agonia, tempestade.
E seu olhar fica perdido, tão confuso quanto o meu.
Procuras bem afundo neles uma resposta para uma pergunta desconhecida.
E eu  procuro não te dizer com apenas um olhar, tudo o que não disse em mil palavras.
Vis palavras, meras palavras sem conceito algum.
Apesar de tudo, a ti um olhar basta para deslumbrar-me com tua mágica, teu feitiço, teu encanto.
Forte eu um dia fui.
Mas ao encontrar-te em meu coração, desmorono.
Passo a ser então apenas um castelo de areia passando por uma tempestade.
Por isso não lembro de ti, não falo de ti e assim apenas esqueço de ti.
Prefiro não lembrar da tua existência a fazer dela uma dependência.
O meu pior vício é o teu perfume que adentrou a minha pele.
Fazendo questão de esquecer, sinto-me tão vazia.
Lembro de toda lágrima que deixei cair por ti, sei que ainda tenho muitas delas guardadas dentro de meus olhos ingênuos.
Isso só reforça a minha lembrança dos momentos contigo.
Momentos inesquecíveis, tonaram detalhes imperceptíveis, tornaram-te a melhor droga.
Inesquecíveis, mais uma vez.
Ao colocar a mão sobre o coração sinto que as lágrimas ali pararam para aprciar e sentir a extensa cicatriz que ali tu deixastes;
Tu deixastes em mim uma marca.

Exatamente no lugar que insconscientemente, eu desejei que deixarias.

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