E evitei. Fiz questão de evitar ao máximo, mesmo quando isso não passava de uma brincadeira. Evitei o sofrimento futuro, as lágrimas que eu via que iriam cair. Mas o envolvimento inevitável era forte demais, as palavras a sair da tua boca tinha muita repercução em mim, para você não ser notável. A mudança dos meus batimentos cardíacos, completamente inevitável não notar. E teu abraço suave e prtetor parecia afastar de mim todo o mal. E os detalhes foram amarrados no teu sorriso dentro daquele retrato que eu olho. Ah, teu sorriso. O mais apaixonante sobre você seria ele, se não fossem teus olhos. Olhos que dependem do sol para reflietir o mar ou a floresta. Teu cheiro me faz pensar que rosas passaram por ti. A tua voz, suave, a contar tudo ao pé do meu ouvido. Tua voz. Ela me persegue e assombra, tão suavemente. Tão peculiar, sem hesitar, e sempre perto dos momentos de lembrar de você.
E tudo, tudo isso eu evitei. Evitei sentir, apenas. Evitei reações. Apenas para afastar o que eu estou sentindo agora. Essa angústia que domina, a dor que consome. As lágrimas que caem imperceptíveis ao ritmo da música a soar. Mas acho que sabendo da tua intensidade, fui fraca para não perceber, para afastar você de mim. Eu me traí, do jeito que eu tinha certeza que eu iria. Mas agora, a minha memória não ajuda a esquecer. Quando eu necessito esquecer, tudo o que eu faço é lembrar. Mas não vou parar de lutar contra a doce assombração da tua imagem. Não perca o seu tempo comigo, you're already the voice inside my head.
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