Thursday, November 5, 2009

meu certo, seu errado.


O livro agora parece ter as suas páginas queimadas e atordoadas pelo seu conteúdo. Ele me conta algo, mesmo fechado, lacrado. Eu que escolheu lê-lo. Eu que escolheu abri-lo e tirá-lo da escuridão que é a solidao. Eu que deu abrigo a ele, vida. Mas leio e tento entender, o que me parece algo impossível. É inevitável que eu procure as respostas, meios para me levarem ao certo, até o duvidoso.
Agora encontro-me lendo os capítulos finais, terminando o que ainda não havia sido lido. Leio todas as páginas, procurando uma respotas, mas elas parecem ser evidentes demais para eu entendê-las. Elas estão certas demais para eu conseguir achá-las. Preciso complicá-las, achar respostas difíceis, plausíveis. Quero achar as minhas respostas ali. Mas não vou.
Encontro-me abaixo do sol, tentando encontrar pequenos lugares para eu respirar a corrente ar que insiste em meu cabelos balançar. Tento, ofegantemente, encher os meus pulmões com vida. Tento me livrar da verdade daquele livro, das suas respostas. Tento me livrar do peso da verdade. A verdade pesando em meus ombros.

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