Wednesday, August 19, 2009

os mitos da verdade.


Nas brechas deixadas por entre as montanhas húmedas e gélidas, a menina respira como se aqueles fossem os eus últimos suspiros. O desespero de ter perdido o seu melhor amigo é um pesadelo que a assombra. O seu pior pesadelo. Suas mãos geladas e trêmulas secam as suas lágrimas que parecem nunca acabar. As lembranças dela e de seu best friend vêm à tona. Ela teme perdê-lo. Por nem um momento sequer a intenção dela era de machucá-lo. Por nenhum segundo ela seria capaz disso. Mas o jeito com que as suas palavras o afetaram, o jeito com que ele mexeu o rosto, movido por decepção, por ver que ela seria capaz de falar tais coisas a ele. Ele tinha dado novas chances à ela e ela havia as jogado fora pura e simplesmente. Ela sentiu culpa. Ela era movida pela vontade de ir até lá, abracá-lo, pedir desculpas e pedir ajuda a ele. Ela não podia. Sua cabeça estava processando muitas ideias ao mesmo tempo; ela estava de cabeça quente. Os dias passavam e o seu coração apertava mais cada vez que ela o olhava. Ela queria poder ter com quem contar de novo, queria poder dizer que o amava. Ela queria o seu melhor amigo de volta. Ela não queria perdê-lo. Ela sempre o amaria como o seu melhor amigo, sempre o chamaria como tal. Ela cruzava os riachos no meio do inverno. Ela sentia o zumbir do vento passar por seus ouvidos, mas nada podia ser pior do que a culpa. Ela se sentia muito culpada. Ela estava desolada por ter machucado ele. A luz ela tentava mais e mais vezes encontrar, mas era como se ela não existisse mais, ou apenas como se ela não fosse feita pra ela. Era como se tudo o que ela via fosse feito para ele. Era como se em um dia quente de sol ela não pudesse se banhar. Era como não podr dançar em um competição de dança; era como se alguém tivesse irado o seu coração e pisado nele sem dó e muito menos sem piedade. Ela cansou de sempre ir à procura das pipas e ser derrubada. Ela procurou-o e ela quis gritar à ele. Pânico. Ela não conseguia respirar. Tentava por vezes e vezes fazer com que seu pulmão se inflasse de ar, e falhava. Gritar. Ela queria gritar o nome dele! E gritaria se pudesse, mas para gritar é necessário respirar primeiro.Ela sentiu o ar entrando em seu peito, sentiu o alívio de poder falar, de poder viver de novo. Ela sentiu como se o mundo fosse um caderno de desenhos e ela o coloria com suas próprias cores. Ela gritou o nome dele. O chamou e explicou a sua situação. Por mais ruim e trágica que fosse a situação, ela queria rir. Queria gargalhar. Ela queria ficar feliz. Ela argumentou, e chorou, mesmo ele não vendo as suas doces e quentes lágrimas. Ela argumentou e pensou no que falaria, à princípio. Mas não depois... Ela falou o que sentia, falou com o coração. Por entre dúvidas, acertos e erros, ela ouviu o seu coração, porque ele falou mais alto. Ela reconquistou a inestimável companhia de seu melhor amigo, seu conselheiro, amigo, tudo, irmão, mais uma vez. Mas é tudo uma questão de tempo. - O tempo cura tudo,- pensou,- menos a verdade. E sabia que era uma questão de tempo para reconquistá-lo de novo. Ela não respiraria por entre monstanhas sozinha de novo, como se fossem os seus últimos suspiros; ela o teria para repor o seu ar. Ela não olharia o sol nascer de sua varanda, tomando Coca-Cola e ouvindo um raggae; ela teria o seu pequeno a lhe fazer companhia. Ela não pensaria negativamente, porque o mundo estaria a seu favor, e seu amigo também. A confiança conquistada, nunca mais será quebrada, porque o significado dela é inestimável. Ela nunca o deixará na mão, nunca. Ela nadaria no mar, com alguém a lhe dar a mão, se escorregasse. Correria o tanto que fosse preciso para salvá-lo, ou apenas para lhe ver. Ela o amava e sabia que a irmandade deles nunca iria acabar. Porque ele é o melhor amigo dela, realmente. Ela o ama como um irmão. Ela sabe que eles são eternos. Ele também. ♥

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