Monday, December 17, 2012

decifrar-se

Sinto como se meu olhar fosse envolvido por um nevoeiro quando data meados de julho, por neblina na serra durante a madrugada de uma noite fria ou a fumaça de uma chaleira a cobrir a cozinha. Minha visão está embaçada. Não sei o que sinto, há um vazio dentro do peito e que anda circulando nas minhas veias, tomando lugar da vivacidade que previamente pousava em mim. Não há o que entender, o que decifrar, o que doer porque não há nada. É como se eu estivesse oca por dentro e estivesse indiferente a isso.
Não sei o tirar da imagem que o espelho reflete, porque ali estou igual a como estava antes. Não pareço estar diferente, mas algo mudou. Encontro-me em meio de pontos de interrogações.

1 comment:

  1. já me contento antes mesmo de ler teus textos, antes mesmos da fração de segundos que carregam esta página

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