Sunday, January 9, 2011

people don't change blues

Logo já o dia para longe me levará, para onde o horizonte alcançar. Venha cá para eu olhar seus olhos pela última vez, para saber que o seu briho será eterno enquanto durar.
Deixe que eu veja o sol deitar em seus cabelos sem pentear.
Até o amanhecer germinar, cobre a saudade vã, e cante. Cante qualquer coisa, assim, do jeito seu. Cante o seu espontâneo, que eu canto algo sobre você. Deixe eu guardar na alma um pedaço do meu céu, do meu clichê em guardar na lembrança a sua voz. Que levarei em mim a sua voz em uma só nota.
E que valor tem, cantar a solidão que estufa o peito? Não cesse o pranto, que mais vale ele à mágoa em versos, à melancolia de estrofes.
Olhe além-mar, o girar do mundo está sob seus pés. Sinta-me no horizonte distante e no acalentar do sereno na noite. Que dentro das linhas tortas do amanhã, vou andar até a essência do seu perfume me encontrar.
Explique a mim a paz que me invade nessa espera .
Abre a porta, e deixe a brisa invadir os cômodos. Abra o seu armários, e deixe estar. Abra as janelas, que o outono já quer entrar.
E declame às estrelas aquele poema que tanto gosto, até o amanhã se encontrar e surgir.. Até eu ir.
E a cada dia longe, fazer do seu sorriso, um abrigo.

No comments:

Post a Comment