Wednesday, May 5, 2010

uma só vez

As luzes se foram, o que resta é a escuridão. E uma música de olhos fechados nos guia ao nosso ponto principal. Começa a batida, imporssível não mover seu corpo no ritmo. Não nos mexemos. É como se um feitiço fosse jogado, e nos fizesse paralizar.
Esse vazio que a música preenche, faz-nos entender o por quê fazemos isso. O por quê tantas horas ensaiando, tantas horas chorando, tanta dor, lágrimas.
É forte, impactante, surpreende. Impressiona olhos leigos. Atrevo-me a por um instante pensar que mentes experientes se impressionam.
Os movimentos que fluem conforme a música toca, a paixão que aflora pelo corpo, está estampada no rosto de todos.
O silêncio percorre os ventos na sala novamente. E de repente, tudo o que sinto é meus olhos encherem de lágrimas, e uma cair. Não quero que esse momento seja esquecido nunca mais.
E quero que essa música que é o que nos representa, também seja bem representada por nós. Nós temos que ser o que somos, voltar a ser o que devemos. Nós devemos ser apenas. Chamar atenção de todos os que estiverem nos vendos e ter a atenção de todos os olhos.
Mostrar a todos o que sente a nossa alma.
E então apagam-se as luzes novamente. É hora de mostrar tudo o que se sente.
Porque a próxima vez que as luzes se apagarem, não há volta.
E nem sempre se vê lágrimas no escuro.

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