Friday, April 30, 2010

always in the right places


As noites em que a minha cabeça pensava somente em você, são agora tão raras. As noites em que eu não dormia simplesmente com a minha mente na sua imagem, são agora como água no deserto. Os detalhes do seu rosto foram levados por você, e deixam o seu retrato a cada dia mais irreconhecível do que antes.
Você deixou a sua marca.. E sem perceber, você a fez na areia. E quando a paixão era forte, a marca ficou.. Mas o mar fez questão de apagá-la aos poucos, a cada onda que quebra. A cada onda o coração ficava mais confuso. Onde estás agora? Você se foi com a sua marca. Você se foi, foi porque quis.
Dar-te-ei a minha palavra. Eu tentei deixar o coração intacto. Eu tentei, lutei, mas caí sem mais a esperança de um coração preenchido com um sentimento completo. Não mais. Ele se foi, assim como você, assim como a sua marca. E agora parece que não há nada que possa fazer a respeito.
Essa paixão era algo tão maior que eu. Tão maior que nós. Tão maior até mesmo do que nós poderíamos sentir que fosse. Do que eu sentia. E pior, o que destruiu ela, é algo maior ainda.
E por mais que essa paixão tenha ido, com o vento, para longe, ou tenha ficado à espreita, esperando, ela não voltará. Eu e você sabemos que ela não voltará. As palavras que sussurram ao meu ouvido o que eu quero ouvir, são a sensação de liberdade. Elas fazem o coração não se sentir sozinho, em nenhum momento. Porque agora longe da paixão, com alguma coisa o meu coração terá que se ocupar.
E mesmo quando ele se sente assim, são essas mesmas palavras que conseguem tirar o sentimento preso no coração e colocá-lo em um papel. É isso que libertou a alma. E uma marca, se apaga. Uma paixão, ela vai com o vento. Mas um coração, só se tem um em uma vida inteira. Então é dele que se deve cuidar com todo o cuidado. Porque uma vez quebrado, ele pode talvez não ser mais restaurado. Nunca mais.

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