É como se o mundo parasse de rodar durante aqueles poucos segundos. As vozes se calam, os passos acabam, os destinos desfeitos. O vento não sopra, os olhares se esvaiam e o chão cai. A música espera.
O sol não raia, a chuva não cai. O vôo do pássaro espera, o semáforo estagna. Em nada há indecisão.
O bom senso desaparece, as ruas se calam.
É então que seus olhos fixam-se nos meus e não há mais mundo. Você passa a sê-lo. Há tanta verdade em seu olhar que é até descrente. A serenidade paira no céu, juntando-se com as nuvens.
O tempo não passa com o rodar do relógio.
Então tudo volta. O mundo roda. O tempo corre. As vozes voltam a calar o silêncio, as pessoas continuam a andar, e os destinos seguidos novamente. O vento sopra, os olhares fixam-se e o chão é de concreto. A música toca.
O sol esquenta, a chuva cai. O pássaro voa, o semáforo está verde. A indecisão volta a ser desprezada pelos que a tem.
Bom senso revive, as ruas criam-se.
Seu sorriso passa pelo canto do meu olho enquanto olho para baixo. Levo assim de lado esse sorriso seu que provoca o riso meu. Volto a encarar o mundo com olhos de paixão. Carregando no sorriso o seu olhar, despreocupando-me do que é resto. Importante é somente parar o mundo novamente, com os olhos a transbordar pontos de interrogação.
seu texto trouxe para mim, uma paz a muito adormecida. obrigado.
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