São de tanta grandeza os pequenos momentos do meu dia, que às vezes penso que os grandes momentos da vida são, na verdade, os menores.
São realmente tão importantes, imponentes e incontestáveis os momentos que pensamos assim ser?
Pois o dia em que se vê pela primeira vez o gargalhar e o brotar do sorriso de uma criança; o dia em que se aprende a pedalar uma bicicleta, e se cai com ela incontáveis vezes; o dia em que se apaixona pela primeira vez; o dia em que se chora de saudade pelo que passou; quando você se encontra procurando um único rosto dentrode uma multidão; o dia em que se descobre o mundo real.. tudo tão pequenino, tão sólido, certo e real. Os pequenos momentos que, aos poucos, com o tempo tornam-se pequenas memórias.
É dessas pequenas memórias que se sente aquele aperto no peito, agudo e incessável, a garganta é enrolada em um nó de lágrimas. É saudade.
São os pequenos momentos que a memória insiste em lembrar e o tempo em não trazer de volta. São eles o real motivo da lembrança. Os pequenos são os de maior grandeza: de maior alegria, os mais intensos, e os que mais se sente falta.
Indescritível. Ou melhor, nostalgia. Acabei de voltar de uma viagem ao passado com esse texto, na companhia de amigos de bagunça de mulekes... pega-pega de bike e caindo incontáveis vezes. As centenas de campainhas tocadas e a correria começava. Enfim, a nostalgia de sentir saudade de tudo isso, algo que não voltará; algo que estou perdendo. Obrigado por esse texto.
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