Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.
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Para quê o limite se para ser limitado basta existir?
Crear é libertar-se!
Crear-se é substituir-se a si-proprio!
Crear é ser desertor!
Substituamos as personalidades à personalidade. Que cada um seja muitos! Basta de ser para si a primeira pessoa do singular de qualquer pronome ou verbo. Sejamos a Pessoa Absoluta do Plural Inconmensurável. Menos que isto é a arte do passado!
Fernando Pessoa, "Álvaro de Campos ou Livro do Desassossego ou outra coisa qualquer".
para ouvir
http://www.youtube.com/watch? v=HLWE5l7i47E
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