Percorro as janelas de um vagão solitário de previsões; incerto e quieto.
As janelas que a alma desconhece.
Corro mundo afora procurando por algo que desconheço. O infinito na ponta dos dedos e ferocidade no olhar. Encontrar importância naquilo que vocês vêem é vil, eu quero é o que realmente importa. Saí para ser alguém novo em algum lugar qualquer; sem nome, idade e identidade. Ser novo. Saí do confortável com o propósito de descobrir, ver, realmente, a consistência e o gosto da vida.
Vou à busca de um tempo que não pertenço; tempo esse que não é meu. Busco conhecer-me. Saber de longe qual o meu cheiro, minha essência; meus jeitos, minhas manias. Conhecer o que sou, não esquecer o que fui.
Quero maturidade, quero que minha casa seja onde quer que eu esteja.
Não só busco, como almejo ir longe. Para longe; com a vista dilatada pela real dimensão de um mundo tão pequeno no livros. Um universo vasto. Um futuro não tão distante assim.
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