Quando olhaste bem nos olhos meus
E o teu olhar era de adeus, juro que não acreditei.
Eu te estranhei, me debrucei sobre o teu corpo e duvidei.
E me arrastei, e te arranhei
E me agarrei nos teus cabelos.
No teu peito, teu pijama
Nos teus pés, ao pé da cama.
Sem carinho, sem coberta.
No tapete atrás da porta reclamei baixinho.
Dei prá maldizer o nosso lar
Pra sujar teu nome, te humilhar.
E me vingar a qualquer preço,
te adorando pelo avesso.
Pra mostrar que ainda sou tua
Até provar que ainda sou tua.
Atrás da Porta, Elis Regina.
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